O embaixador André Correa do Lago, durante uma reunião informal na Assembleia Geral da ONU, nos EUA, nesta quarta-feira (5), ressaltou a importância da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém (PA).
O embaixador André Correa do Lago, durante uma reunião informal na Assembleia Geral da ONU, nos EUA, nesta quarta-feira (5), ressaltou a importância da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém (PA).
De acordo com o diplomata, a COP30 representará uma transição decisiva da fase de negociações para ações efetivas e implementação de soluções climáticas.
“A tarefa que temos pela frente é reforçar a governança climática e proporcionar agilidade, preparação e antecipação, tanto na tomada de decisões como na implementação”, declarou.
Segundo o embaixador, três medidas podem ser impulsionadas na COP30:
André destacou também a importância das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), cujo prazo de entrega foi estendido após uma baixa adesão das nações até a data limite de fevereiro.
“Os líderes nacionais devem honrar o compromisso de limitar o aumento da temperatura a 1,5ºC. As vidas humanas dependem disso. Os empregos futuros dependem disso. Ambientes saudáveis dependem disso“, enfatizou.
O embaixador compartilhou o sucesso da Troika, uma colaboração entre os Emirados Árabes Unidos, Azerbaijão e Brasil lançada na COP28.
Ele mencionou o Balanço Global de Carbono (GST), uma ferramenta de transparência do Acordo de Paris para avaliar os progressos das metas climáticas de longo prazo.
“O GST é o nosso guia para a missão 1.5º C, no nosso projeto coletivo de implementar a visão da Convenção – do Clima – e do Acordo de Paris, a visão de reforçar a resposta global à ameaça das alterações climáticas. Tudo isso sempre no contexto do desenvolvimento sustentável e esforços para erradicar a pobreza”, afirmou.
O diplomata reforçou o compromisso do Brasil com o multilateralismo.
“A escolha da Assembleia Geral como minha primeira viagem oficial fora do Brasil não é coincidência, mas um sinal claro de que a defesa do multilateralismo estará no cerne da presidência brasileira desta COP. O respeito pela ciência seria outro pilar da nossa presidência”, ressaltou.
A relevância da Amazônia, nas negociações climáticas, foi tratada também. Em entrevista à ONU News, ele enfatizou a importância de trazer uma visão mais realista sobre o desenvolvimento da região, sem idealizações, mas reconhecendo o papel essencial do ecossistema no combate às mudanças climáticas.
*Sob supervisão de Ronald Johnston
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