O desaparecimento do voo MH370 da Malaysia Airlines, com 239 pessoas a bordo, considerado um dos maiores mistérios da aviação do mundo, completa 10 anos nesta sexta-feira (8).
A última transmissão do avião ocorreu cerca de 40 minutos depois de ele decolar de Kuala Lumpur, a capital da Malásia, com destino a Pequim, na China.
O capitão Zaharie Ahmad Shah assinalou: “Boa noite, Malásia 370”, quando o avião entrou no espaço aéreo vietnamita.
Pouco depois, seu transponder foi desligado, o que significava que não poderia ser facilmente rastreado.
Radares militares mostraram que o avião abandonou sua rota de voo para voar de volta sobre o norte da Malásia e a ilha de Penang, e depois para o Mar de Andamão em direção à ponta da ilha indonésia de Sumatra.
Em seguida, virou para o sul e todo o contato foi perdido.
Autoridades da Malásia, Austrália e China lançaram uma busca subaquática numa área de 120.000 km² no sul do Oceano Índico, com base em dados de conexões automáticas entre um satélite Inmarsat e o avião.
A busca, que custou cerca de 200 milhões de dólares australianos (R$ 655 milhões), foi cancelada depois de anos, em janeiro de 2017, sem que nenhum vestígio do avião fosse encontrado.
Em 2018, a Malásia aceitou uma oferta "no cure, no pay” da empresa de exploração norte-americana Ocean Infinity para uma busca de três meses, o que significa que a empresa só seria paga se encontrasse o avião.
Essa busca cobriu 112.000 km² a norte da área alvo original e também se revelou infrutífera, terminando em maio de 2018.
Mais de 30 pedaços de supostos destroços de aeronaves foram coletados ao longo da costa da África e em ilhas do Oceano Índico, mas apenas três fragmentos de asa foram confirmados como sendo do MH370.
A maioria dos destroços foi usada na análise de padrões de deriva na esperança de restringir a possível área em que a aeronave está localizada.
Um relatório de 495 páginas sobre o desaparecimento do MH370, publicado em julho de 2018, disse que os controles do Boeing 777 foram provavelmente manipulados deliberadamente para desviá-lo do curso, mas os investigadores não conseguiram determinar quem foi o responsável.
O relatório também destacou erros cometidos pelos centros de controle de tráfego aéreo de Kuala Lumpur e Ho Chi Minh City e emitiu recomendações para evitar a repetição de incidentes.
Os investigadores não chegaram a oferecer quaisquer conclusões sobre o que aconteceu ao MH370, dizendo que isso dependia da localização dos destroços do avião.
A incapacidade de localizar o local do acidente do MH370 alimentou inúmeras teorias da conspiração, que vão desde erro mecânico ou um acidente controlado remotamente, até explicações mais bizarras, como abdução alienígena e uma conspiração russa.
Nos últimos anos, alguns especialistas em aviação disseram que a explicação mais provável é que o avião foi deliberadamente desviado do curso por um piloto experiente.
Os investigadores, no entanto, disseram que não havia nada de suspeito nos antecedentes, assuntos financeiros, treinamento e saúde mental do capitão e do copiloto.
O primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, disse nesta semana que o governo está disposto a reabrir uma investigação sobre o desaparecimento do MH370, se houver um caso convincente para fazê-lo.
O ministro dos Transportes, Anthony Loke, disse que a empresa norte-americana de exploração do fundo marinho Ocean Infinity foi convidada para discutir uma nova proposta de pesquisa.
Loke disse que a Malásia conversará com a Austrália sobre a cooperação na retomada da busca assim que a proposta da Ocean Infinity for aprovada pelo gabinete da Malásia .
Este conteúdo foi originalmente publicado em Mistério do sumiço do voo MH370 da Malaysia Airlines completa 10 anos sem solução; veja o que se sabe no site CNN Brasil.
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