O dólar fechou com forte valorização nesta quarta-feira (10), no maior patamar desde outubro do ano passado, com investidores repercutindo a leitura da índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA acima do esperado, que reforçou as apostas de que o Federal Reserve (Fed) começará a cortar juros apenas depois de junho.
O dólar fechou com forte valorização nesta quarta-feira (10), no maior patamar desde outubro do ano passado, com investidores repercutindo a leitura da índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA acima do esperado, que reforçou as apostas de que o Federal Reserve (Fed) começará a cortar juros apenas depois de junho.
O dólar à vista fechou com alta de 1,41%, a R$ 5,077 na compra e na venda. Às 17h35, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia de 1,31%, aos R$ 5,084 pontos.
O Banco Central realizou o leilão de 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados para rolagem dos vencimentos de junho.
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A moeda americana abriu em leve baixa, com investidores repercutindo o IPCA abaixo do esperado, mas tudo mudou com a inflação nos EUA acima das expectativas.
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos subiu 0,4% em março, mesma taxa observada em fevereiro, segundo dados com ajuste sazonal divulgados nesta quarta-feira (10) pelo Departamento do Trabalho americano. Ante março do ano passado, a inflação ficou em 3,5%, mais alta em relação aos 3,2% do mês anterior.
O dado de março veio acima do esperado, uma vez que o consenso LSEG de analistas projetava variação de 0,3% na leitura mensal e inflação de 3,4% na base anual.
Em reação, os rendimentos dos Treasuries dispararam nos EUA, puxando também a curva de juros brasileira, e o dólar passou a registrar fortes ganhos ante as demais moedas globais.
Por trás do movimento estava a percepção de que, com a inflação elevada nos EUA, o Fed não cortará juros em maio ou em junho, o que reduz o diferencial de juros entre o Brasil e o exterior. Na prática, o país se torna menos atrativo ao capital internacional, o que penaliza o real.
Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador de inflação oficial do País, desacelerou para 0,16% em março, após subir 0,83% em fevereiro.No ano, o IPCA acumula alta de 1,42% e, nos últimos 12 meses, de 3,93%.
Os dados ficaram abaixo do esperado, pois o consenso LSEG de analistas estimava inflação de 0,25% na comparação mensal. A estimava para a inflação em 12 meses era de 4,01%.
(Com Reuters)
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