Após um ataque sem precedentes do Irã, que lançou mais de 300 mísseis e drones contra Israel no sábado (13), o mercado se prepara para um início de semana turbulento, de olho especialmente no petróleo e no dólar – que, no único mercado aberto 24 horas por dia, já deu indícios de mais alta diante do acirramento do conflito no Oriente Médio.
Após um ataque sem precedentes do Irã, que lançou mais de 300 mísseis e drones contra Israel no sábado (13), o mercado se prepara para um início de semana turbulento, de olho especialmente no petróleo e no dólar – que, no único mercado aberto 24 horas por dia, já deu indícios de mais alta diante do acirramento do conflito no Oriente Médio.
Na semana passada, os dados de inflação foram destaque, causando volatilidade nos mercados, tanto aqui quanto lá fora, junto com a ata do Federal Open Market Committee (Fomc). Nos próximos dias, porém, a agenda de indicadores estará mais esvaziada. Por outro lado, a safra de resultados corporativos começa engrenar, após os primeiros resultados, nos EUA, de bancos.
No Brasil, a semana começa com apresentação da balança comercial pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX). No dia seguinte, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulga seu Índice Geral de Preços (IGP-10), com dados de abril. Já o Banco Central (BC) traz o Boletim Focus. Os dados do Monitor do PIB, de fevereiro, serão conhecidos no mesmo dia.
Na quarta-feira, será a vez do Índice IBC-BR, de atividade econômica de fevereiro, conhecido como prévia do PIB, com projeção do Bradesco de alta de 0.9, na comparação mensal. A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) divulga seu Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com números semanais. O indicador de comércio exterior, com números de março, será divulgado pela FGV.
O BC informa os números semanais do fluxo cambial, na quinta-feira. No mesmo dia, a FGV traz seu Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), de abril. A semana se encerra com os dados de abril da Sondagem Industrial, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Em Brasília, as atenções se voltarão para o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), de 2025. A divulgação, que ocorrerá na segunda-feira, traz as prioridades e metas para o governo no ano que vem.
Segundo analistas, o ataque do Irã a Israel marca uma escalada distinta nas hostilidades. Por um lado, o Irã afirma que "concluiu" a fase de agressão, mas Israel reservou-se o direito de contra-atacar – embora não de imediato.
Embora haja incerteza, a escalada do conflito, segundo analistas, deverá forçar os comerciantes globais de petróleo a reavaliarem o prêmio de risco geopolítico que será preciso aplicar na commodity, que já ultrapassou os US$ 90 por barril.
A safra de balanços começará no Brasil com os números da Romi (ROMI3), em 17 de abril. A temporada, porém, ganhará tração a partir da segunda semana do mês, com dados de Vale (VALE3) e Assaí (ASAI3), em 24 de abril, por exemplo.
Outras divulgações acontecerão até o meio de maio, caso da Petrobras (PETR4), em 13 de maio.
Nos EUA, os resultados corporativos passaram a ser divulgados na sexta-feira, 12, com a apresentação da BlackRock, Citigroup e JPMorgan Chase. Novas divulgações são esperadas para os próximos dias, com destaque para Goldman Sachs, Johnson & Johson’s e Morgan Stanley.
A semana também será marcada por dados de varejo, que serão apresentados na segunda-feira. O Federal Reserve divulgará seu Índice Empire Manufacturing de atividade de abril, com previsão do consenso LSEG de -5,0. Os números de vendas no varejo de março devem ter alta de 0,5% na comparação mensal, de acordo com LSEG, e serão divulgados também os dados de confiança do construtor de abril.
Na terça-feira, o Fed apresenta os números de produção industrial, com expectativa de alta mensal de 0,4%, segundo projeção LSEG. No dia seguinte, o Livro Bege, relatório sobre o panorama econômico dos 12 distritos do Federal Reserve, será divulgado. Já na quinta-feira, haverá a apresentação semanal de pedidos de auxílio desemprego e o Conference Board traz seus números sobre indicadores antecedentes de março.
Na China, o destaque será o PIB do 1º trimestre, com projeção LSEG de 4,88% na segunda-feira. Haverá também apresentação de diversos outros dados do país asiático, como as vendas no varejo, a taxa de desemprego, a produção industrial (com expectativa LSEG de alta de 6,6% e os investimentos tanto imobiliários quanto em ativos fixos.
Já no exterior, a produção industrial da zona do Euro será conhecida, com projeção de alta anual de 5,5%, de acordo com o consenso LSEG, na segunda-feira. No dia seguinte, será a vez da Alemanha divulgar o levantamento ZEW de sentimento econômico, com dados de abril, e estimativa LSEG de 33.
Na quarta-feira, a zona do Euro apresentará seu Índice de Preço ao Consumidor, com números de março. Por fim, a semana será fechada com Índice de Preços ao Produtor, divulgado pela Alemanha, na sexta-feira.
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