Por Dawn Chmielewski e Lisa RichwineLOS ANGELES (Reuters) – O filme “Oppenheimer” deve dominar a premiação do Oscar no domingo, validando a aposta da chefe do estúdio Universal, Donna Langley, no drama histórico nada convencional sobre o pai da bomba atômica.
Por Dawn Chmielewski e Lisa Richwine
LOS ANGELES (Reuters) – O filme “Oppenheimer” deve dominar a premiação do Oscar no domingo, validando a aposta da chefe do estúdio Universal, Donna Langley, no drama histórico nada convencional sobre o pai da bomba atômica.
Langley buscou agressivamente realizar o projeto, em parte, pela chance de trabalhar com o aclamado cineasta Christopher Nolan, que tinha acabado de romper seu relacionamento de duas décadas com a Warner Bros. Studios em um desacordo sobre sua estratégia de streaming.
A executiva comprometeu todos os recursos promocionais da Universal para “Oppenheimer”, que teve mais de 100 dias de exibição exclusiva nos cinemas antes de ser disponibilizado para o streaming.
“Donna é uma colaboradora incrível, uma diretora de estúdio maravilhosa para se trabalhar”, disse Nolan à Reuters. “Não posso falar o suficiente sobre sua incrível abordagem do material, notas maravilhosas durante todo o processo, (e) um esforço incrivelmente solidário de toda a sua equipe, que é inigualável.”
“Oppenheimer” vai para a cerimônia do Oscar com 13 indicações e é considerado o favorito para ganhar o prêmio de melhor filme, depois de arrebatar outros grandes prêmios de Hollywood. Isso representaria uma mudança em relação aos últimos anos, quando filmes mais artísticos como “Nomadland” e “Parasita” levaram o prêmio principal.
“Oppenheimer” já arrecadou muito nas bilheterias, com 958 milhões de dólares em vendas globais de ingressos, ajudando a Universal a se tornar o estúdio de maior bilheteria em 2023, de acordo com a estimativa da Comscore de receita mundial de bilheteria.
A Universal se recusou a disponibilizar Langley, de 56 anos, para uma entrevista.
Várias fontes de Hollywood descrevem Langley como uma executiva que gosta de talentos e não tem medo de correr riscos, o que ela demonstrou ao longo de seu mandato como presidente da Universal Pictures e, mais tarde, como chefe do Universal Filmed Entertainment Group, que inclui a DreamWorks Animation TV e a Focus Features.
“Ela é destemida. Há uma vontade inabalável de correr riscos, de fazer grandes apostas – e isso é sempre motivado por sua inteligência e sua paixão”, disse Sarah Self, codiretora do Motion Picture Literary Department da agência de talentos WME.
Langley considera o talento como a principal propriedade intelectual da Universal, apoiando a estreia do comediante Jordan Peele na direção, com o filme “Corra!”, e apoiando a ascensão de Judd Apatow como produtor de comédias com “Descompensada” e “Missão Madrinha de Casamento”.
O estúdio se tornou um ímã para jovens talentos, incluindo Daniel Kwan e Daniel Scheinert, a dupla de diretores por trás do filme vencedor do Oscar “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo”, da A24, que assinou um contrato exclusivo de cinco anos. A executiva também foi creditada por expandir ou revigorar franquias lucrativas como “Velozes e Furiosos” e “Jurassic Park”.
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