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Juros: taxas caem com dado dos EUA e mercado se divide sobre ritmo de corte da Selic

Os números mais fracos que o esperado sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos em abril deram espaço para que as taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) continuassem o movimento de queda iniciado ontem, pautado pela baixa probabilidade de um novo aumento nos juros americanos, mas não foram o suficiente para retirar da curva a aposta de que o Comitê de Política Monetária, o Copom, reduzirá a Selic em apenas 0,25 ponto porcentual na semana que vem.

Por Em Sergipe

03/05/2024 às 19:43:23 - Atualizado há

Os números mais fracos que o esperado sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos em abril deram espaço para que as taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) continuassem o movimento de queda iniciado ontem, pautado pela baixa probabilidade de um novo aumento nos juros americanos, mas não foram o suficiente para retirar da curva a aposta de que o Comitê de Política Monetária, o Copom, reduzirá a Selic em apenas 0,25 ponto porcentual na semana que vem.

Embora ao longo dos últimos pregões as taxas de DI tenham apresentado fortes oscilações, no acumulado da semana tiveram pouca variação. Na ponta curta, a variação foi de menos de 10 pontos-base, enquanto na longa pairou pouco acima dos 15 pontos.

Um dos fatores que limitam as perdas das taxas é o componente doméstico, segundo Vinícius Romano, head de renda fixa da Suno Research. “A gente está olhando bastante para o cenário externo, mas tem esse fator a mais, que seria o fiscal”, disse ele, referindo-se às dúvidas do mercado com a capacidade do governo em cumprir as metas de resultado primário.

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Este fator, somado à incerteza externa, impede os investidores de abandonarem a aposta de que o Copom reduzirá a Selic em 0,25 ponto porcentual na semana que vem – embora no momento haja na curva um quase equilíbrio entre a precificação deste corte e de um mais intenso, de 0,50 ponto porcentual, que estava no plano original do comitê.

Marcelo Boragini, sócio e especialista em renda variável da Davos Investimentos, aponta que o mercado enfrenta uma “dificuldade muito grande” de antever o comportamento da economia. Caio Schettino, head de alocações da Criteria, ressalta que a próxima decisão do Copom está “em aberto” e, dado a dificuldade que vai impor ao colegiado, pode servir para conhecer o perfil da nova composição da diretoria do Banco Central.

Romano acredita que o Copom seguirá o plano original e anunciará um corte de 0,50 ponto porcentual, porém mantendo a trajetória futura da Selic em aberto para ter mais flexibilidade. Boragini espera uma redução de 0,25 ponto.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 recuou a 10,170%, de 10,201% no ajuste de ontem. A taxa para janeiro de 2026 caiu a 10,355%, de 10,431%, e a taxa para janeiro de 2027 teve queda a 10,655%, de 10,756%. A taxa para janeiro de 2029 recuou a 11,160%, de 11,278%.

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