A Norfolk Southern e a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês) anunciaram um acordo avaliado em mais de US$ 310 milhões, com a com a empresa de transporte ferroviário se responsabilizando a pagar pelos danos causados por descarrilamento de trem com posterior vazamento de produtos tóxicos numa cidade de Ohio.
O acidente aconteceu em 3 de fevereiro de 2023 na cidade de Palestina Oriental, Ohio, de cerca de 5 mil habitantes. Os produtos do comboio descarrilado foram retirados e depois incinerados, pelo risco de explosão, causando uma enorme colina de fumaça Parte da população foi evacuada por riscos de contaminação.
Pelo acordo anunciado hoje, a Norfolk Southern será obrigado a tomar medidas para melhorar a segurança ferroviária, pagar por monitoramento de saúde e serviços de saúde mental para as comunidades vizinhas, financiar monitoramento ambiental de longo prazo, pagar uma penalidade civil de US$ 15 milhões e tomar outras ações para proteger os cursos d’água próximos e os recursos de água potável.
A empresa calcula que, juntamente com outros custos de resposta e melhorias na segurança ferroviária, gastará mais de US$ 1 bilhão para lidar com a contaminação e outros danos causados pelo descarrilamento.
“Nenhuma comunidade deveria ter que experimentar o trauma infligido aos moradores de Palestina Oriental”, disse o administrador da EPA, Michael S. Regan. "É por isso que o presidente Biden prometeu desde o início que seu governo apoiaria a comunidade a cada passo do caminho", completou.
O acordo de hoje segue uma queixa apresentada pelos Estados Unidos contra a Norfolk Southern em março de 2023 por descarga ilegal de poluentes e substâncias perigosas causadas pelo descarrilamento do comboio. Em fevereiro de 2023, a EPA emitiu uma ordem administrativa unilateral, responsabilizando Norfolk Southern pelos danos causados à comunidade.
A ordem exigia a limpeza de substâncias derramadas e solos impactados, bem como o pagamento de todos os custos ao governo dos EUA. A EPA também emitiu uma ordem sob a Lei da Água Limpa para limpar o óleo derramado nos cursos d’água circundantes. Desde então, a EPA tem dirigido e supervisionado as extensas atividades de limpeza.
Segundo a EPA, o acordo inclui o pagamento de US$ 25 milhões por um programa de saúde comunitária de duração de 20 anos que inclui monitoramento médico para indivíduos qualificados e serviços de saúde mental para indivíduos residentes em condados afetados, incluindo na Pensilvânia, cuja fronteira fica próxima do local do acidente.
Até o momento, mais de 177.000 toneladas de solo contaminado e mais de 69 milhões de galões de águas residuais foram removidos da comunidade.
SIte da InfoMoney