O Ministério dos Portos e Aeroportos anunciou um plano de investimento de R$ 10,6 bilhões, entre os anos de 2024 e 2028, para o Porto de Santos.
O Ministério dos Portos e Aeroportos anunciou um plano de investimento de R$ 10,6 bilhões, entre os anos de 2024 e 2028, para o Porto de Santos. Os investimentos serão realizados por parcerias entre os governos federal e estadual juntamente com o setor privado. De acordo com analistas, a medida representa boa notícia para a Santos Brasil (STBP3) e a Rumo (RAIL3).
A medida prevê destinação de R$ 5,8 bilhões para o túnel Guarujá-Santos (que será fruto de parceria público-privada) , R$ 1,4 bilhão para dragagem de canais e R$ 1 bilhão para a Ferrovia Interna do Porto de Santos (FIPS). O restante deverá ser empregado para aprimoramento da infraestrutura portuária.
O túnel Santos-Guarujá será o primeiro túnel imerso do Brasil, com 860 metros entre as margens. Ele ficará imerso no fundo do canal entre os dois municípios a uma profundidade de 21 metros. A obra de dragagem de canais, por sua vez, responde a uma demanda antiga das companhias de navegação que utilizam o porto, uma vez que permitia a acomodação de navios maiores. Já a ferrovia interna do Porto terá a maior parte investimento assumido pela Rumo e solucionará os gargalos logísticos crescentes pelo aumento de volume do Porto. A companhia garantiu, no final de 2022, através de concessão o direito de gerir, operar, expandir e manter a FIPS. O projeto já está em andamento e o prazo da concessão do consórcio (formado também pela Ferrovia Centro Atlântica e a MRS) é de 35 anos.
Segundo o BTG Pactual, a maioria dos nomes de infraestrutura serão beneficiados com os investimentos e o anúncio reforça que 2024 apresentará uma “atividade intensificada de infraestrutura”. A Santos Brasil e a Rumo seriam as principais impactadas pela forte exposição ao porto, de acordo com o banco, e hoje são as top picks em infraestrutura. A Levante tem a mesma visão em relação aos dois nomes e considera como positivo o plano anunciado.
O Porto hoje representa 46% das exportações de grãos do estado do Mato Grosso, tendo relevância maior para a Rumo.
“Nesse contexto, as obras em andamento para expansão do canal devem melhorar a
eficiência do escoamento de grãos, ajudando a eliminar gargalos logísticos e
garantindo que o porto tenha capacidade para lidar com volumes maiores de grãos”, afirma a Levante.
A Santos Brasil seria especialmente beneficiada pelas melhorias no acesso terrestre ao Porto e os aprimoramentos na dragagem. As duas iniciativas poderiam trazer crescimento de volume de longo prazo para a companhia. O ponto foi ressaltado também pela Levante, que considera que a obra de dragagem fará com que o porto torne-se mais competitivo, o que seria benéfico para operadores portuários.
Além dos dois nomes, o BTG destaca também que Ecorodovias (ECOR3), Hidrovias do Brasil (HBSA3) e Wilson Sons (PORT3) também estão entre as companhias que serão beneficiadas pela melhora da infraestrutura, por manterem operações relevantes na região.
(Com Agência Brasil)
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