Nikolas Ferreira rouba a cena e é aclamado por estudantes em evento de Lula

O deputado da oposição, Nikolas Ferreira (PL-MG), marcou presença em uma cerimônia realizada na última terça-feira (12/03) no Palácio do Planalto. O evento visava anunciar a inauguração de 100 novos Institutos Federais, e o congressista de oposição ao Lula, que preside a Comissão de Educação da Câmara, foi convidado a participar.

O deputado foi a sensação do evento no Planalto entre os estudantes presentes. Nikolas foi "tietado", abraçado, com pedidos de fotos, vídeos e autógrafos, ele roubou a cena no evento de Lula. O desconforto foi tão grande entre os membros do governo petista, que um dos assessores do ministério da Educação disse que foi um "tiro no pé" ter convidado o deputado Nikolas Ferreira, "não dá para trazer o Nikolas em eventos onde tiver estudantes", disse o assessor bem próximo do ministro da Educação, Camilo Santana.

Após o término da cerimônia, Ferreira relatou que não pretende comparecer a eventos semelhantes no futuro, alegando ter sido alvo de hostilidades por parte de apoiadores do governo. No entanto, durante o evento, diversos estudantes presentes manifestaram apoio ao congressista, solicitando fotos e autógrafos.

"Se eu não estivesse aqui, certamente as manchetes sugeririam que não defendo a democracia. Compareci porque é parte do meu dever institucional, mas não pretendo retornar, especialmente após ter sido hostilizado em algumas ocasiões. Estou aqui para fiscalizar", afirmou Nikolas.

Filiado ao mesmo partido de Jair Bolsonaro (PL), Nikolas é um dos principais aliados do ex-presidente no Congresso. Ele foi eleito presidente da Comissão de Educação da Câmara no dia 06 de março, em uma votação que representou uma derrota para a base de apoio do governo, que tentou impedir sua eleição.

Durante a cerimônia, o deputado passou a maior parte do tempo utilizando o celular, editando vídeos nos quais aparecia ao lado de estudantes e respondendo mensagens em aplicativos de mensagens. Nikolas, como grande nome entre os deputados de direita que é, não aplaudiu o discurso esquerdista proferido pelo ministro da Educação, Camilo Santana.