Conteúdo XPDurante o Morning Call da XP desta terça-feira (23), Mayara Rodrigues, analista de renda fixa da XP, apontou que tem visto uma curva de juros mais estressada no Brasil do que as treasures, que são os títulos de dívida emitidos pelo governo dos Estados Unidos.
Durante o Morning Call da XP desta terça-feira (23), Mayara Rodrigues, analista de renda fixa da XP, apontou que tem visto uma curva de juros mais estressada no Brasil do que as treasures, que são os títulos de dívida emitidos pelo governo dos Estados Unidos.
"As curvas (de juros) das treasures são a mãe de todas as curvas", ressaltou ela, ao comparar o movimento no Brasil da taxa com o título americano.
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Mesmo com as últimas notícias da eleição nos Estados Unidos, a analista disse que a curva brasileira de juros futuro tem ficado bastante focada no mercado doméstico, notadamente por conta do risco fiscal.
"Os acontecimentos recentes, como o congelamento de R$ 15 bilhões (do Orçamento), afetaram a nossa curva. A maior oscilação das treasures lá fora (por conta da corrida eleitoral), acabaram trazendo aqui um movimento misto (dos juros futuro)", comentou.
Mayara Rodrigues explicou que, em geral, os vencimentos mais curtos são afetados por política monetária e os mais longos, pela política fiscal.
"Os avanços na agenda fiscal, com o congelamento do Orçamento, com o governo sendo mais vocal na contenção de despesas – diferente do que se viu há um mês – tem favorecido com a retirada de prêmio da curva no longo prazo", disse.
"A gente entende que não se confirmou uma tendência, e o mercado ainda segue cético, esperando um pouco mais de atitude do governo, aguardando as medidas se concretizarem com o congelamento, para, de fato, vir um alívio maior para a curva de juros", explicou.
"Mas, se consegue ver uma pequena redução dos vencimentos no longo prazo", ressaltou.
Para o curto prazo, a analista da XP disse que tem visto aumento dos prêmios por conta de revisões na inflação, com elevação projetada no curto prazo tendo sucessivos aumentos.
"O Boletim Focus tem trazido aumento do IPCA para 2024, 2025 e em alguns momentos em 2026, e isso acaba pressionando esse curto prazo, podendo indicar uma necessidade até de elevação da taxa Selic", afirmou.
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