Criada em 1964, pelo argentino Quino, Mafalda rompeu as barreiras do país sul-americano e virou um símbolo de contestação.
Criada em 1964, pelo argentino Quino, Mafalda rompeu as barreiras do país sul-americano e virou um símbolo de contestação. A personagem, agora, vai virar série na Netflix pelas mão de Juan José Campanella.
O experiente diretor argentino, vencedor do Oscar por Segredo de Seus Olhos (2010), entende que adaptar a icônica obra é um dos maiores desafios de sua carreira. “Sem dúvida, de longe, o maior desafio da minha vida”, escreveu o cineasta, em carta aberta aos fãs.
Para o realizador, o mais difícil será conectar Mafalda, e sua contestação clássica de um período em que a Argentina e grande parte da América Latina vivam sob ditaduras, com as novas gerações.
“É nossa obrigação preservar o humor, o timing, a ironia e as observações de Quino. Sabemos que não podemos elevar Mafalda, porque mais alta ela não pode estar. Mas sonhamos que aqueles que são devotos dela desde o início possam compartilhá-la com nossos filhos, e embora haja coisas reservadas apenas para adultos, todos possamos soltar uma gargalhada em família, e por que não, recorrer ao dicionário de vez em quando”, comenta o diretor.
Juan José Campanella revela que, ele próprio, sempre foi um fã da irônica personagem.
“Eu tinha sete ou oito anos quando foi publicado o primeiro catálogo de tirinhas de Mafalda em forma de livrinho. Meus pais liam as tiras e me diziam que eu não ia entender. Que ofensa. Que desafio. Corri para comprá-lo e ainda me lembro de subir a ladeira de Melo enquanto lia, dando gargalhadas e admitindo que, de fato, haviam tiras que eu não entendia”, conta.
Campanella será o diretor, roteirista e showrunner do projeto, desenvolvido no formato de série animada, com Gastón Gorali como co-roteirista e produtor geral, e Sergio Fernández como diretor de produção. A Netflix ainda não revelou a data de estreia da produção.
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