A vice-presidente do Equador, Verónica Abad, foi acusada de uma tentativa de “golpe” pelo governo do país após pedir para que o tribunal eleitoral remova o presidente Daniel Noboa de seu posto.
A vice-presidente do Equador, Verónica Abad, foi acusada de uma tentativa de “golpe” pelo governo do país após pedir para que o tribunal eleitoral remova o presidente Daniel Noboa de seu posto.
Abad havia denunciado Noboa em um processo por “violência política de gênero”.
A crise começou quando Noboa enviou Abad para apoiar os esforços de paz entre Israel e o Hamas em Tel Aviv, onde ela está baseada desde o ano passado.
De acordo com o processo judicial da vice-presidente, Noboa injustamente afastou Abad e prejudicou a representação igualitária de mulheres em seu governo.
Noboa “reduziu minha participação como mulher nas decisões políticas do estado, tentando me remover totalmente da vida pública do país quase a ponto de desaparecer a figura institucional política de vice-presidente”, segundo o processo.
Seu papel tem sido uma “punição”, acrescentou Abad.
“Fui praticamente banida para outro país no meio de uma guerra, eles removeram a segurança que eu mereço”, a vice-presidente relata na queixa.
Os supostos atos de “violência política de gênero” devem terminar com a remoção de Noboa e dos outros de seus cargos, uma proibição de ocuparem cargos públicos por quatro anos e uma multa de 70 salários mínimos mensais, segundo o processo de Abad.
Em uma declaração, o governo chamou o processo da vice-presidente de uma “tentativa desajeitada de desestabilização que descaradamente compreende uma tentativa clara de golpe”.
Noboa, que está cumprindo um mandato de 17 meses, concentrou sua administração em melhorar a segurança e a criminalidade em espiral e anunciou este mês que concorrerá a um mandato completo na eleição de fevereiro de 2025.
O movimento político Ação Democrática Nacional do presidente do Equador, Daniel Noboa, o confirmou oficialmente na sexta-feira (9) como seu candidato para uma eleição presidencial em fevereiro de 2025, dando a ele a chance de ganhar um primeiro mandato completo de quatro anos no cargo.
Noboa, o filho de 36 anos do homem mais rico do Equador, foi eleito em 2023 para cumprir um mandato encurtado de 18 meses depois que seu antecessor, Guillermo Lasso, convocou eleições antecipadas para escapar do impeachment.
Descendente de uma família de donos de plantações de banana, Noboa foi eleito com sua promessa de enfrentar a crescente taxa de criminalidade no Equador, que as autoridades atribuem às gangues do tráfico de drogas.
Maria José Pinto, secretária de desnutrição infantil do governo, foi escolhida para concorrer como vice-presidente de Noboa.
Noboa declarou uma série de estados de emergência em meio a seus esforços anticrime, permitindo que soldados patrulhem as ruas e prisões.
Mortes violentas no Equador em 2024 caíram 19% até julho, em comparação com o período do ano anterior, de acordo com o governo.
O Revolucion Ciudadana, partido político do ex-presidente do Equador Rafael Correa, escolheu no sábado (10) a ex-parlamentar Luisa Gonzalez como sua candidata para a eleição presidencial de 2025.
“Ninguém quer mais quatro anos do mesmo”, disse Gonzalez após sua seleção como candidata do RC na convenção do partido em Guayaquil. “Hoje, é hora de mudar.”
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