A Petz (PETZ3) detalhou na manhã desta sexta-feira (16) os termos da fusão com a Cobasi, cuja assinatura foi anunciada mais cedo.
A Petz (PETZ3) detalhou na manhã desta sexta-feira (16) os termos da fusão com a Cobasi, cuja assinatura foi anunciada mais cedo. A expectativa é de que 85% das sinergias do negócio sejam capturadas ao longo dos próximos cinco anos, com início desse processo ao fim do plano de integração, entre 2025 e 2026. Calcula-se um incremento de lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA, na sigla em inglês) de R$ 220 milhões a R$ 330 milhões anuais. Detalhes sobre fechamentos e aberturas de lojas ainda não foram especificados.
A empresa contratou a consultoria McKinsey para aprofundar os estudos sobre potenciais sinergias, que devem acelerar no período entre a assinatura e o fechamento. Embora tratem a questão de fechamentos e expansão em lojas como um dos aspectos mais importantes de sinergia, as empresas ainda não definiram um direcionamento quanto ao possível fechamento de unidades.
“Uma das tarefas da McKinsey nas próximas semanas é aprofundar os estudos sobre oportunidades de fechamento”, disse o atual CEO da Petz, Sérgio Zimerman, em videoconferência com investidores.
“Sempre mencionamos que um lado muito importante de sinergia seria de aberturas futuras e o quanto as duas empresas, como concorrentes, ainda disputavam os mesmos pontos e espaços”, disse a CFO da companhia, Aline Penna.
Há expectativa de que a fusão traga melhorias operacionais como reduções de rupturas e perdas por meio da troca de melhores práticas entre as duas operações. Há ganhos ainda em otimização de times comerciais e melhoras nos contratos com investidores, embora Zimerman diminua o impacto potencial dessa captura, uma vez que as companhias já tem pedidos em grandes escalas.
As empresas devem protocolar o pedido ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) ainda no terceiro trimestre. A expectativa é de que o rito tome de seis a nove meses.
A notícia da assinatura animou o mercado um dia após a divulgação de resultados pouco animadores pela Petz. Embora também os considere fracos, a empresa projeta melhorias já no terceiro trimestre
“Está bem confirmada a perspectiva de melhora para o terceiro semestre”, afirmou Zimerman em conferência com analistas e investidores nesta sexta-feira. “Os números foram fracos na foto, mas extremamente animadores no filme e a gente deve conferir isso no terceiro trimestre”, disse o executivo se referindo ao crescimento do indicador de vendas mesmas lojas de 0,9% no segundo trimestre, que, segundo a empresa “reverteu a tendência negativa dos últimos três trimestres”.
A nova companhia tem uma receita bruta de R$ 6,9 bilhões, considerando seus resultados de 2023, e um market share de 11%. Hoje, Petz e Cobasi estão em mais de 140 cidades com 494 lojas.
Com a fusão, Zimerman assume a cadeira de presidente do conselho da companhia combinada. Em seu lugar, entra Paulo Nassar, da Cobasi. Segundo anunciado pela manhã, os acionistas da Petz terão 52,6% do negócio; os da Cobasi, 47,4%.
O conselho de administração será formado por quatro indicados por Zimerman e cinco pela família Nassar e o Kinea, investidor da Cobasi. Nos dois casos, dois dos conselheiros serão independentes.
*Com Reuters
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