Economia Alexandre de Moraes

Após ser indiciado pela PF, Bolsonaro ataca Moraes: "Faz tudo o que não diz a lei"

Indiciado pela Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira (21), por participação em uma suposta tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) quebrou o silêncio e voltou a artilharia para um antigo desafeto: o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Por Em Sergipe

21/11/2024 às 16:49:07 - Atualizado há

Indiciado pela Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira (21), por participação em uma suposta tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) quebrou o silêncio e voltou a artilharia para um antigo desafeto: o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). 

Bolsonaro foi indiciado pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de estado e organização criminosa. 

Também foram indiciados os generais Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); e Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa e candidato a vice-presidente da República nas eleições de 2022. 

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Entre os 37 indiciados, também estão o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Bolsonaro, e Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, partido do ex-presidente da República. 

O relatório final da PF tem mais de 800 páginas. O documento foi finalizado na tarde desta quinta-feira (21) e encaminhado ao STF. 

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Caso a PGR apresente a denúncia, caberá aos ministros do Supremo decidirem se há elementos para que ela seja recebida – ou seja, a Corte decidirá se transforma os denunciados em réus do processo

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, deve compartilhar o relatório com a Procuradoria-Geral da República (PGR). Caberá ao PGR, Paulo Gonet, a decisão sobre a apresentação ou não de uma denúncia contra os investigados. 

"O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei", afirmou Bolsonaro, em entrevista ao jornalista Paulo Cappelli, do Metrópoles

"Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar", completou o ex-presidente. 

Pouco depois de o Metrópoles publicar as declarações de Bolsonaro, o ex-presidente postou o conteúdo em sua conta oficial no X (antigo Twitter).

A defesa de Jair Bolsonaro vem afirmando que o ex-presidente "jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito ou as instituições que o pavimentam”.

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