Mais uma prova de fogo para o mercado: o resultado da fabricante de chips Nvidia Corp (BDR: NVDC34) será divulgado na próxima quarta-feira (28) e pode balizar novamente as expectativas do mercado e um novo rali.
Mais uma prova de fogo para o mercado: o resultado da fabricante de chips Nvidia Corp (BDR: NVDC34) será divulgado na próxima quarta-feira (28) e pode balizar novamente as expectativas do mercado e um novo rali.
Como é de se esperar, as projeções são altas. Na visão da Bloomberg Inteligence (BI), a Nvidia pode ter um resultado significativo e aumentar sua perspectiva para o terceiro trimestre, pois continua a aproveitar o momento da inteligência artificial. A receita e os lucros ajustados devem mais que dobrar em relação ao ano passado.
Para a BI, as expectativas também se concentram na busca por maior visibilidade sobre possíveis atrasos que afetam o desenvolvimento da linha de chips Blackwell.
Além disso, os resultados da fabricante de chips na próxima semana fornecerão mais clareza sobre a demanda por IA e podem impulsionar as ações de volta ao território recorde.
"Estamos longe de terminar a construção da infraestrutura de IA, e isso lhe dá uma visão muito clara em termos do crescimento que você pode esperar nos próximos anos", disse Erik Swords, gerente de portfólio da Voya Investment Management.
Em vez de estarmos nos estágios finais desse tema, "mal saímos do banco de reservas", disse Swords. "Então, embora vejamos volatilidade no curto prazo, não tenho preocupações sobre onde essas ações de hardware de IA estão sendo negociadas no médio ou longo prazo."
As empresas de hardware e chips de IA lideraram a recuperação do Nasdaq 100 desde sua baixa em agosto, com a Nvidia sendo a principal performer do índice, subindo quase 30% e ficando próxima do recorde histórico até o fechamento do meio da última semana.
Apesar disso, há algumas ponderações recentes no mercado. O Itaú BBA ressalta que, juntamente com a TSMC, a Nvidia continua sendo a ação mais demandada no universo da tecnologia entre os seus clientes, com diversas notícias sendo acompanhadas de lupa pelos investidores.
“Nas últimas semanas, houve um grande fluxo de notícias – desde os atrasos da Blackwell até os investidores questionando o capex (investimentos em capital)/aumento de capacidade nas grandes empresas de tecnologia”, avalia o banco, que se aprofundou em ambos os temas e tirou algumas conclusões.
Dentre elas, a de que o grau de convicção do BBA sobre os lucros superando as expectativas para os próximos 2-3 trimestres está aumentando. “Acreditamos que o atraso da Blackwell (em meio a alguns desafios como de design) é um vento favorável (não um vento contrário!) para os números de curto prazo (e contraintuitivo para muitos investidores)”, avalia o banco. Isso porque a complexidade na construção dessa linha de chips poderia reduzir a produtividade da companhia.
O banco ainda vê mais “riscos” de crescimento em relação ao exercício de 2026. A recomendação do BBA para as ações é outperform (desempenho acima da média do mercado), equivalente à compra, com preço-alvo de US$ 165 (ou potencial de alta de 28% frente o fechamento desta sexta).
Na mesma linha, o Morgan Stanley ressalta que recentemente, colocou a Nvidia como a sua principal escolha entre as empresas de semicondutores, após preocupações macro mais amplas e atrasos de produção relatados catalisaram o baixo desempenho recente. “De onde estamos hoje, parece muito cedo para dizer que houve um topo para este ciclo de inteligência artificial, pois o comprometimento das empresas com os gastos com IA continua resiliente – e a Nvidia está bem posicionada para monetizar esses investimentos a uma taxa ainda maior do que antes”, avaliam os analistas do banco, que possuem recomendação overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra), com preço-alvo de US$ 144, ou potencial de alta de 16% frente o fechamento de sexta-feira.
Segundo compilação LSEG com 60 casas de análise que cobrem o papel, 55 possuem recomendação de compra ou equivalente, enquanto apenas 5 recomendam manutenção. O preço-alvo médio é de US$ 137,78, um avanço modesto de 6,5%, mas que também foi “espremido” em meio ao forte avanço das ações.
(com Bloomberg)
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