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Emergentes devem se preparar para impacto das eleições dos EUA, avaliam gestores

O resultado das eleições nos Estados Unidos, que acontecem em novembro, vai respigar nos mercados globais, especialmente nos emergentes, disseram gestores durante a Expert XP 2024, que acontece entre hoje e amanhã em São Paulo.

Por Em Sergipe

31/08/2024 às 07:16:45 - Atualizado há

O resultado das eleições nos Estados Unidos, que acontecem em novembro, vai respigar nos mercados globais, especialmente nos emergentes, disseram gestores durante a Expert XP 2024, que acontece entre hoje e amanhã em São Paulo.

Para Natalie Victal, economista-chefe da SulAmérica Investimentos, uma possível vitória do candidato republicano Donad Trump poderia deixar o dólar ainda mais forte, visto que sua política é focada mais no crescimento interno dos EUA, o que afetaria as economias de outras nações.

“Então (com Trump) você tem um case de dólar forte, o que acaba sendo um pouco mais negativo para países emergentes como o Brasil. Dólar forte significa que a moeda americana se valoriza vis-à-vis outras moedas, como o nosso real. Isso quer dizer que nosso real fica mais desvalorizado, então podemos ir para patamares mais altos no nosso câmbio”.

Para outros ativos, segundo Natalie, a situação é um pouco diferente “Se o presidente (Trump) consegue entregar a diminuição de impostos que ele promete, a gente pode ter impacto no S&P 500 e isso pode acabar contaminando o Brasil. Para juros e para o câmbio nos parece ser um cenário mais negativo para paises como o Brasil porque é um governo mais para crescimento interno”.

Fernando Fenolio, economista chefe da WLG, tem opinião semelhante. Ele disse que uma vitória do presidente republicano seria negativa, principalmente porque o Congresso do país é formado, em sua maioria, por políticos do mesmo partido.

“Nesse caso, ele (Trump) consegueria implementar grande parte das politicas que ele deseja, como cortar mais impostos e colocar tarifas em outros países. O dólar subiria, a bolsa se fortaleceria e talvez juros subiria. É um coquetel não muito agradável para o mundo emergente”.

No caso de uma possível vitória da atual vice-presidente Kamala Harris, segundo Fenolio, a situação poderia ser um pouco melhor para os países em desenvolvimento, porque o congresso poderia impedir as políticas de aumento de impostos e gastos defendidas por ela.

“Se Kamala ganha com um Senado republicano, é mais do mesmo, ela quer aumentar impostos, mas não consegue, e aí a economia segue seu ciclo natural, o Federal Reserve (Fed) vai cortando juros, o dólar vai para baixo, e isso é bom para mercados emergentes, como o Brasil”.

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