A exposição Brasília, a Arte do Planalto será inaugurada nesta quarta-feira (25/9) no Museu Nacional da República.
A exposição Brasília, a Arte do Planalto será inaugurada nesta quarta-feira (25/9) no Museu Nacional da República. Realizada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) em parceria com o Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), a mostra tem curadoria de Paulo Herkenhoff e cocuradoria de Sara Seilert.
A exibição aborda o surgimento de Brasília como uma obra de arte coletiva e reúne mais de 200 peças de 100 artistas. A exposição ficará aberta até 24 de novembro.
"A conceituação dessa mostra perfaz um arco histórico, desde a criação da cidade até os atuais movimentos em defesa da democracia e da liberdade. Se Brasília é uma epopeia notável no plano internacional, sua história da cultura se desdobra, ao longo de seis décadas, em brasilienses e brasileiros de todos os recantos", descreve Paulo Herkenhoff.
"Essa mostra significa também um encontro entre dois olhares curatoriais. Porque agora nós unimos os olhares a Sara Seilert, que dirigia o Museu Nacional da República, e eu. Então nós buscamos produzir um olhar sobre Brasília. Assim, já não é mais apenas um olhar de fora", destaca Paulo.
A exibição conta com mais de 200 itens, como documentos históricos; o croqui do Plano Piloto assinado por Lucio Costa; e o manuscrito de Oscar Niemeyer sobre o monumento JK. Segundo os curadores, a ideia é também mostrar a capital federal como um lugar feminino, por isso, haverá uma homenagem à escritora Vera Brant, uma das pioneiras na capital.
Vera Brant era mineira, de Diamantina, e se mudou para Brasília em 1960. Conhecida por ser confidente de JK e ajudar Darcy Ribeiro a fundar a Universidade de Brasília (UnB), a pioneira também trocava cartas com Carlos Drummond de Andrade, reunidas em um dos seus vários livros publicados. Ela perdeu seu cargo público durante a ditadura militar, que teve início em 1964, e se tornou empresária do mercado imobiliário.
Brasília, a Arte do Planalto também traz referências às mulheres indígenas, assim como a coleção de Maria Martins. Afinal, foi em Brasília que a escultora e desenhista marcou seu nome no imaginário brasileiro.
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