É muito comum vermos reflexos da vida real em uma produção de ficção, seja ela um filme de terror, uma comédia ou uma animação. Foi, em meio a análises das memórias de sua família, que Juliano Enrico decidiu criar uma produção muito popular na televisão brasileira: Irmão do Jorel, que chega a uma década no ar, com uma temporada “diferentona”.
O rapaz encarou fotos, momentos e objetos acumulados ao longo dos anos como um grande tesouro e transformou essa matéria-prima em desenho animado.
5 imagensQuinta temporada: novas aventuras e personagens
Além do Cartoon Network, a produção é veiculada pelo streaming Max. Para comemorar a data, a plataforma de streaming vai estrear a quinta temporada, na próxima sexta-feira (18/10). Dentre as diferenças para as levas anteriores de episódio, Juliano explicou que essa sequência contará com muito mais música.
“Depois de cinco temporadas e 10 anos, a gente amadureceu muito e eu acho que é uma das coisas mais bonitas que já fizemos em termos de arte. Em termos de história, eu acho que tem muitos comentários atuais”, detalhou, em entrevista ao Metrópoles.
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Zé Brandão, produtor executivo, explicou que mais personagens vão cantar, e não só Carlos Felino, que passa por momentos difíceis quando começa a perder cabelos. “A quinta é muito próxima de quem gosta e é fã, mas ao mesmo tempo traz muita coisa nova", completou o produtor.
“Vai continuar tudo igual, mas de um jeito completamente diferente”
Juliano Enrico, criador de Irmão do Jorel
Irmão do Jorel vai contar com ainda mais personagens, como o Dr. Cabelinho, um novo vilão, e diversas aventuras para o personagem principal, que “está sempre fracassando e fracassa de formas espetaculares”.
A produção da série
Um dos charmes da produção é que o personagem principal não tem nome próprio. Os criadores explicam que a ideia abre ainda mais espaço criativo.
"Todo mundo, em algum momento da vida, viveu à sombra de alguém. E essa descoberta de quem a gente é, é algo compartilhado, acho que é muito universal, sabe? O Irmão do Jorel tem esse carisma do herói sem nome", detalhou.
O criador ainda relatou que há diversos elementos culturais da América Latina, não só do Brasil, na produção e que traz um sincretismo cultural: "Todos esses elementos eu fui percebendo eram muito comuns e muitas pessoas compartilhavam histórias parecidas. Eu tenho essa sensação de que é um grande delírio coletivo mesmo o Irmão do Jorel”.
Lívia Ghelli, diretora de estratégia de kids & animation da WBD Brasil, ressaltou a popularidade de Irmão do Jorel para a plataforma.
“Eu acho que é o sucesso da animação brasileira no Brasil. Não é fácil fazer produção no Brasil e ainda mais animação. Quanto mais pessoal a gente é, mais universal a gente fica, porque Irmão do Jorel trata dessas verdades absolutas, os relacionamentos da família, não só do Irmão do Jorel vivendo à sombra do irmão, mas dos relacionamentos familiares”, encerrou.
Metrópoles