Washington (Reuters) – O republicano Donald Trump quase eliminou a vantagem de longa data dos democratas entre os homens hispânicos antes da eleição presidencial norte-americana de 5 de novembro, quando ele enfrentará a democrata Kamala Harris, de acordo com uma análise da pesquisa Reuters/Ipsos.
Washington (Reuters) – O republicano Donald Trump quase eliminou a vantagem de longa data dos democratas entre os homens hispânicos antes da eleição presidencial norte-americana de 5 de novembro, quando ele enfrentará a democrata Kamala Harris, de acordo com uma análise da pesquisa Reuters/Ipsos.
O ex-presidente Trump agora está atrás da vice-presidente Kamala Harris por apenas 2 pontos percentuais entre os homens hispânicos – 44% a 46% – em comparação com sua desvantagem de 19 pontos com o democrata Joe Biden no mesmo ponto em 2020, de acordo com análise de mais de 15.000 respostas às pesquisas Reuters/Ipsos realizadas no mês até 21 de outubro e durante o mesmo período de 2020.
Os ganhos de Trump ocorreram em meio ao aumento do apoio a Kamala entre as mulheres brancas, que o favoreciam em relação a Biden por 12 pontos no final de 2020, mas agora se inclinam para o republicano por apenas 3 pontos, 46% a 43%.
Os dois candidatos estão travados em uma disputa excepcionalmente apertada, com Kamala à frente por apenas 46% a 43% na última pesquisa Reuters/Ipsos realizada de 16 a 21 de outubro.
As mudanças fazem parte de alterações mais amplas nas coalizões com as quais cada candidato está contando para a vitória, com Trump crescendo entre os eleitores hispânicos e negros – especialmente entre os homens – enquanto Kamala reduziu a vantagem de longa data dos republicanos entre os eleitores brancos ao ganhar terreno entre as mulheres.
Robert Alomia, um eleitor hispânico em Elizabeth, Nova Jersey, que trabalha em uma empresa de segurança, disse que respeita a carreira de Trump como empresário e planeja votar nele este ano depois de ficar de fora da eleição de 2020.
“Precisamos de pessoas que pensem rápido e que estejam dispostas a liderar – ele é um líder”, afirmou Alomia, de 42 anos, que disse também simpatizar com as opiniões de linha dura de Trump sobre imigração. “Você tem essas pessoas que entram no país e recebem tudo, e basicamente a porta está aberta para elas.”
A análise de pesquisas recentes da Reuters/Ipsos mostra que Trump tem o apoio de 37% dos eleitores hispânicos registrados, contra 30% no mesmo período em 2020. Kamala está com 51%, em comparação com os 54% de Biden quatro anos antes. Os números estão sujeitos a erros de amostragem e têm níveis de precisão entre 2 e 6 pontos percentuais.
O republicano também está no caminho para reduzir as margens da força dos democratas no eleitorado negro. Cerca de 18% dos homens negros o escolheram em pesquisas recentes da Reuters/Ipsos – contra 14% quatro anos antes – assim como 8% das mulheres negras, ante 4%.
As pesquisas de boca de urna após a eleição de 2020 mostraram que cerca de 8% dos eleitores negros em geral escolheram Trump em 2020, enquanto a pesquisa recente da Reuters/Ipsos o mostra com 12%.
A estrategista da campanha republicana Kristin Davison disse que Trump está cortejando os eleitores negros ao convencê-los de que o Partido Democrata é muito radical em questões sociais.
“É isso que Trump tem conseguido fazer com os homens negros e com os hispânicos nos últimos quatro anos, não apenas em relação às questões econômicas e ao trabalho árduo, mas também em relação ao país e à família”, afirmou ela.
Kamala manteve a disputa acirrada, em parte, conquistando mulheres brancas, que representaram cerca de quatro em cada 10 eleitores em 2020, o dobro da parcela combinada de eleitores negros e hispânicos.
Embora a parcela de apoio dos dois candidatos entre os homens brancos tenha permanecido praticamente inalterada, o crescimento de Kamala entre as mulheres brancas significa que Trump está liderando por apenas nove pontos entre os eleitores brancos em geral, em comparação a uma vantagem de 14 pontos sobre Biden em 2020.
Davison, a estrategista republicana, disse que muitas mulheres se voltaram para Kamala em parte porque os democratas as focaram efetivamente no aborto após a decisão da Suprema Corte dos EUA de 2022, encerrando o direito nacional ao aborto.
As mulheres também estão avaliando “o forte contraste de liderança e caráter entre a vice-presidente e Trump, o que está influenciando suas escolhas”, disse Meghan Hays, estrategista democrata e ex-assessora sênior de comunicações do presidente Biden.
“A vice-presidente precisa ampliar sua liderança entre as eleitoras para compensar o crescimento de Trump entre os homens negros e latinos”, acrescentou Hays. “Esta eleição será vencida pela menor das margens.”
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