Nesta terça-feira (29), o embaixador de NOVO e ex-procurador da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, criticou o parecer do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que extinguiu todas as condenações do ex-chefe da Casa Civil, José Dirceu (PT).
Nesta terça-feira (29), o embaixador de NOVO e ex-procurador da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, criticou o parecer do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que extinguiu todas as condenações do ex-chefe da Casa Civil, José Dirceu (PT).
Foto: Grupo RBS.
Dirceu foi preso após ser condenado por corrupção durante a Lava Jato. Porém, agora o mentor do Mensalão e do Petrolão é considerado ficha-limpa e poderá concorrer a deputado federal em 2026, como apontou Deltan pelas redes sociais.
No começo do ano, Dirceu chegou a discursar na Câmara dos Deputados. A manobra do STF foi apelidada pelo ex-juiz da Lava Jato e atual senador, Sergio Moro (UNIÃO-PR), de "Operação Lava Dirceu".
"O ministro Gilmar Mendes, sempre ele, anulou todas as condenações de José Dirceu na Lava Jato, além de todos os atos processuais assinados pelo ex-juiz Sergio Moro em relação a Dirceu. Com isso, Dirceu deixa de ser ficha-suja e já pode voltar a se candidatar a deputado federal pelo PT em 2026, como o próprio Dirceu já deixou claro ser seu plano em várias entrevistas", afirmou Deltan.
Deltan também apontou a incoerência do STF, que solta um evidente criminoso enquanto condena pessoas sem qualquer prova de crime acusadas de envolvimento nos atos de vandalismo do 8 de janeiro.
"Enquanto Dirceu retoma seus direitos políticos e é blindado por Gilmar Mendes, a cabeleireira Debora Rodrigues, mãe de duas crianças pequenas, segue presa por ordem de Alexandre de Moraes, que considera que ela tentou dar um golpe de Estado ao escrever "Perdeu, mané" com batom na estátua do Supremo", cravou o ex-procurador.
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Anulando as condenações do ex-ministro do PT, Gilmar Mendes encerrou a etapa judicial da Operação Lava Dirceu.
O petista possuía uma pena vigente por recebimento de propina da empreiteira Engevix em 2009, conforme foi revelado pela Lava Jato no esquema que envolveu a Petrobras, o "Petrolão".
Por conta disso, ele foi condenado a 27 anos de prisão pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ) em 2020. A primeira sentença da Lava Jato contra o político ocorreu em 2016 na 13ª Vara Federal de Curitiba por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Apesar disso, a segunda turma do STF, em que Gilmar é membro, anulou em maio, por maioria, a pena de Dirceu.
A determinação não avaliou o mérito da questão. O STF apenas suspendeu a condenação por entender que ela prescreveu. Em outras palavras, que o prazo para punição de Dirceu teria expirado.
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