Uma atitude tomada pelo governo em abril deste ano, e que prometia reduzir o valor da conta de luz, não trouxe os efeitos desejados. De acordo com um cálculo da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) a redução para os consumidores foi de apenas 0,02%.
O Ministério de Minas e Energia acreditava que conseguiria reduzir a conta de luz em pelo menos 3,5% neste ano. Para chegar nesse nível foi antecipada verbas para que as distribuidoras pagassem dois empréstimos tomados em anos anteriores, e que encareciam as contas.
É que os encargos desses dois empréstimos eram repassados aos consumidores, o que tornava a conta de energia elétrica ainda mais cara. A fim de evitar que os brasileiros arcassem com essas quantias, foi liberado dinheiro para o pagamento dos empréstimos sobre:
- “Conta Covid”: que cobriu custos extras durante a pandemia;
- “Conta Escassez Hídrica”: criada para enfrentar os custos da crise hídrica de 2021.
A projeção do Ministério de Minas e Energia era economizar R$ 510 milhões e reverter na conta de luz dos brasileiros. No entanto, a economia caiu para R$ 46,5 milhões, o que proporcionou um desconto de 0,02% na conta de luz.
Fiscalização do valor da conta de luz
Na terça-feira (29), diretoria da Aneel aprovou a abertura de uma consulta pública para verificar a regulamentação do benefício sobre a conta de luz dos consumidores.
De acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o objetivo dessa fiscalização é incluir “desde a análise cláusulas contratuais até a verificação das metodologias e premissas de cálculo do benefício ao consumidor“.
Conta de energia elétrica mais cara
Em outubro, foi acionada a bandeira vermelha patamar 2 para ser aplicada na conta de luz dos brasileiros. Os consumidores brasileiros haviam sido avisados sobre o aumento no valor da conta de energia elétrica, mas não esperavam por tanto.
As bandeiras tarifárias com cores foram criadas para conseguir ilustrar aos consumidores a necessidade de aumentar o valor da sua conta de energia elétrica.
bandeira verde (condições favoráveis de geração de energia) – sem custo extra;
bandeira amarela (condições menos favoráveis) – R$ 18,85 por MWh (megawatt-hora) utilizado; ou R$ 1,88 a cada 100kWh;
bandeira vermelha patamar 1 (condições desfavoráveis) – R$ 44,63 por MWh utilizado; ou R$ 4,46 a cada 100 kWh (situação atual);
bandeira vermelha patamar 2 (condições muito desfavoráveis) – R$ 78,77 por MWh utilizado; ou R$ 7,87 a cada kWh.
Tabela: g1/economia.
Portal FDR