O Ibovespa opera o pregão desta quinta-feira (31) em queda, enquanto o dólar aponta para cima e se mantém nas máximas em mais de três anos, com mercados analisando dados da inflação e mercado de trabalho nos Estados Unidos.
O Ibovespa opera o pregão desta quinta-feira (31) em queda, enquanto o dólar aponta para cima e se mantém nas máximas em mais de três anos, com mercados analisando dados da inflação e mercado de trabalho nos Estados Unidos.
No cenário local, a atenção se volta à divulgação de balanços do terceiro trimestre, com destaque para Bradesco e Ambev, enquanto permanece a expectativa para o anúncio de medidas fiscais pelo governo federal.
Na pauta macroeconômica, o índice de desemprego no Brasil recuou a 6,4% no terceiro trimestre, o menor patamar para o período desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012.
Por volta das 14h30, o principal índice do mercado doméstico perdia 0,55%, aos 129.926,48 mil pontos, em linha com perdas em Wall Street e nas principais praças da Europa.
Apesar da queda na abertura, o índice acumula uma valorização semanal de 0,46%, contrastando com uma variação mensal negativa de 1,01% em outubro. O volume médio de negociações nos últimos 20 dias permanece em R$ 832,5 milhões.
Na mesma hora o dólar subia ao redor de 0,22%, negociado a R$ 5,77, se mantendo no maior patamar desde março de 2021. Mais cedo, a divisa chegou a superar a barreira de R$ 5,78.
A moeda norte-americana mantém uma tendência de alta no curto prazo, acumulando ganhos de 1,05% na semana e expressivos 5,74% no mês de outubro.
Mais cedo, dados do Departamento de Comércio dos EUA mostraram que a inflação do país recuou a 2,1% em setembro, se aproximando da meta de 2% ao ano perseguida pelo Federal Reserve (Fed).
O aumento anual ficou em linha com o que os economistas esperavam, de acordo com estimativas de consenso da FactSet.
Também nos EUA, números de pedidos de auxílio-desemprego caíram na semana passada, à medida que as distorções causadas pelos furacões se dissiparam.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 12 mil, para 216 mil em dado com ajuste sazonal, na semana encerrada em 26 de outubro, informou o Departamento do Trabalho. Economistas consultados pela Reuters previam 230.000 pedidos para a última semana.
A taxa de desocupação no Brasil atingiu 6,4% no terceiro trimestre. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há 7 milhões de pessoas desocupadas, conforme dados publicados nesta manhã.
Na véspera, dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) mostraram que o país criou 247 mil vagas formais de trabalho em setembro, alta de 21% ante o mesmo período de 2023.
O saldo foi resultado de 2,16 milhões de contratações e 1,91 milhão de demissões, apontou o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Ainda no setor doméstico, investidores seguem de olho na cena fiscal, à medida que aguardam prometidas medidas de contenção de gastos a serem anunciadas pelo governo, que busca criar as condições para a sustentabilidade do arcabouço fiscal.
Na véspera, falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acalmaram parte do nervosismo do mercado. Ele afirmou que o ministério e a Casa Civil encontraram convergência em torno da elaboração de medidas para equilibrar as contas públicas.
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*Com informações da Reuters
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