Presidindo o G20 neste ano, o Brasil irá coordenar a discussão de temas importantes para a economia global, que vão desde a tributação de grandes fortunas, passando pela digitalização dos governos até a ampliação da oferta de crédito em organismos internacionais.
A Cúpula que reúne as vinte maiores economias do mundo acontece entre os dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro.
Uma das principais propostas do Brasil é a taxação dos chamados super-riscos. O país quer avançar na discussão e com uma proposta considerada “ambiciosa” pelo próprio ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
No caso, o país defende um imposto mínimo de 2% sobre a renda dessa parcela da população. De acordo com o governo, essa tributação arrecadaria entre US$ 200 bilhões e US$ 250 bilhões anualmente.
Comércio e investimentos são dois dos temas que também devem aparecer com destaque nas discussões entre os líderes. O foco principal será o fortalecimento da coexistência de políticas comerciais com a sustentabilidade.
Durante os encontros do Grupo de Trabalho, também foi reforçado que tais políticas devem consistentes com as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) e com os acordos ambientais multilaterais.
Nesta mesma linha, também devem ser apresentadas propostas para a reforma da OMC e o Fortalecimento do Sistema Multilateral de Comércio.
As discussões sobre o comércio global acontecem em meio dúvidas sobre um dos principais acordos comerciais para o país, o acordo entre o Mercosul e a União Europeia.
Um dos principais impasses para a assinatura do documento é a França, que considera que o acordo pode prejudicar os agricultores locais.
Outra prioridade é a sustentabilidade nas discussões sobre a agricultura, através da ampliação do comércio global como uma solução para a segurança alimentar e nutricional.
Na segurança alimentar, o Pacto Global contra a Fome e a Pobreza é uma das prioridades do governo brasileiro. A iniciativa terá sua oficialização durante a Cúpula do G20. O programa terá uma série de propostas de estratégias para o combate à fome, em que países poderão aderir.
Pelo lado da digitalização, a ampliação da conectividade global é um dos pontos que o Brasil trará para a mesa, assim como a própria digitalização do governo, visando melhora dos serviços públicos e a segurança dos dados. A avaliação também é de que com o aprimoramento tecnológico, o comércio entre países seja beneficiado.
CNN Brasil