O presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass, afirmou, nesta segunda-feira (18), que os estudos do Congresso no momento para reforçar a segurança da Câmara e do Senado não impactam a preservação do tombamento do patrimônio público.
Grass se reuniu nesta segunda com a diretora-geral do Senado, Ilana Trombka, e outros representantes do Congresso para discutir eventuais ações de melhorar a segurança no Congresso e de restringir, por exemplo o acesso à chapelaria – entrada principal à Câmara e ao Senado.
A iniciativa acontece após o atentado de quarta-feira (13).
"Em primeiro lugar está a segurança da população, dos servidores, das Casas, das pessoas que ocupam esses espaços. Conciliar isso com a preservação do patrimônio cultural, como desde sempre o fazemos”, disse Grass. “Neste momento, não há nenhuma perspectiva de implementação, intervenção, obra que impacte o conjunto tombado”.
Restrição
Conforme mostrou a CNN no sábado (16), o Congresso estuda restringir o acesso de pessoas à chapelaria, que fica debaixo da rampa do Congresso e embaixo de alguns dos mais importantes salões do Parlamento. Atualmente, ele é livre para carros e pedestres.
No local, há portarias em que os visitantes precisam se identificar com detectores de metal. O espaço é um dos mais usados pelos parlamentares e assessores no dia a dia.
A ideia de se restringir o acesso não é de agora, mas voltou a ser discutida nos bastidores após o atentado.
Grass afirmou que uma tenda provisória, como uma espécie de posto de controle, antes da via que dá acesso à chapelaria poderia ser instalada, sem prejuízo ao patrimônio cultural.
Fácil acesso
Ele também disse que a intenção é formar um grupo junto ao Congresso e ao governo do Distrito Federal para outras ações complementares a médio prazo que podem incidir em algum tipo de estrutura ou de alteração de pista.
A CNN apurou que um dos principais receios dos agentes de segurança do Congresso é a facilidade de carros invadiram o gramado em frente ao Parlamento e terem livre acesso à chapelaria. Isso porque a chapelaria fica em um subsolo com o Salão Negro logo acima, separado apenas por uma espécie de laje.
CNN Brasil