Daiane Dias, de 41 anos, ex-esposa de Francisco Wanderley Luiz, autor dos ataques contra o Supremo Tribunal Federal (STF) na noite de 13 de novembro, morreu na madrugada desta terça-feira (3). Ela estava internada desde o dia 18 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Tereza Ramos, em Lages (SC).
A ex-mulher de Francisco, de acordo com investigação da polícia, ateou fogo em sua própria casa no município de Rio do Sul (SC) e sofreu queimaduras graves por todo o corpo.
A informação sobre a morte de Daiane foi confirmada pela Secretaria de Saúde de Santa Catarina.
“A direção do Hospital Geral Tereza Ramos, de Lages, informa que a paciente faleceu na madrugada desta terça-feira, 3 de novembro, devido a complicações no seu quadro de saúde. Prontamente, o óbito foi comunicado à família e acionada a Polícia Científica de Santa Catarina”, diz comunicado da secretaria.
O incêndio na residência de Daiane ocorreu no dia 17 de novembro. A polícia investiga as motivações da ex-mulher do autor do atentado ao Supremo.
Por meio de nota, na ocasião,o delegado Bruno Reis, responsável pelas investigações, afirmou que Daiane “adquiriu produto inflamável em um estabelecimento comercial da cidade”.
“Em seguida, [Daiane] se deslocou até sua residência, local dos fatos, e provocou o incêndio tendo permanecido no interior do imóvel”, diz o delegado.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, ela apresentava “queimaduras de 1â°, 2â° e 3â° graus em 100% do corpo e "foi atendida, estabilizada e conduzida ao pronto-socorro do hospital regional”.
O atentado
Francisco Wanderley Luiz foi o autor do atentado contra o STF, no mês passado. Ele detonou explosivos na Praça dos Três Poderes e no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF).
Francisco atirou artefatos em direção à sede do Supremo. Ao ser abordado por seguranças, se deitou no chão e colocou um explosivo na própria cabeça – a bomba explodiu e ele morreu na hora.
O caso ainda está sob investigação da Polícia Federal (PF), que apura se Wanderley agiu sozinho ou contou com a colaboração de outros envolvidos. A corporação investiga suposta ligação entre o atentado e a atuação de grupos extremistas organizados.
SIte da InfoMoney