A cantora Claudia Leitte voltou a alterar a letra da música Caranguejo (Cata Caranguejo) durante show em Recife, Pernambuco. A artista retirou a citação a Iemanjá da canção, motivo que fez com que ela fosse denunciada ao Ministério Público da Bahia (MPBA) por racismo religioso.
Durante o show na Virada Recife, ela disse: “Joga flores, eu amo meu rei Yeshua Hamashia”. O termo em aramaico significa Jesus Cristo. Na letra original, ela dizia: “Joga flores no mar, saudando a rainha Iemanjá”.
Veja:
ELA NÃO DEITA! Após 17 anos cantando a mesma letra citando Jesus (Yeshua), Claudia Leitte cantou novamente do seu jeito a letra da SUA música "Caranguejo". Entendam: não se cancela a incancelável
pic.twitter.com/MnKx3rKk63 — claudia informa (@ClaudiaInforma) December 29, 2024
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Investigação do MPBA
No último dia 19, o MPBA disse ter aberto um inquérito para apurar se a cantora Cláudia Leitte cometeu racismo religioso durante uma apresentação em Salvador.
Na ocasião que gerou o processo, a artista modificou a letra da música Caranguejo, que menciona uma saudação a Iemanjá, para cantar "eu canto meu rei Yeshua".
Cláudia foi criticada nas redes sociais e o ato foi repudiado pelo secretário de Cultura e Turismo de Salvador (BA), Pedro Tourinho.
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YouTube/ReproduçãoA cantora Claudia Leitte
Reprodução/Instagram @claudialeitteClaudia Leitte altera letra de Caranguejo e desagrada
Instagram/ReproduçãoIsabella fazia parte do balé de Claudia Leitte
Instagram/ReproduçãoClaudia Leitte lançou música Liquitiqui
Instagram/ReproduçãoClaudia Leitte
Reprodução/Band"Quando um artista se diz parte desse movimento, saúda o povo negro e sua cultura, reverencia sua percussão e musicalidade, faz sucesso e ganha muito dinheiro com isso, mas de repente, escolhe reescrever a história e retirar o nome de Orixás das músicas, não se engane: o nome disso é racismo", escreveu em um post no Instagram.
De acordo com o MPBA, a denúncia foi feita pela Iyalorixá Jaciara Ribeiro e pelo Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-Brasileiras (Idafro) e ficará a cargo da Promotoria de Justiça de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa, que apurará se a responsabilidade civil diante de possível ato de racismo religioso consistente na violação de bem cultural e de direitos das comunidades religiosas de matriz africana, sem prejuízo de eventual responsabilização criminal.
Desde que o caso viralizou, Claudia Leitte não se manifestou sobre o caso. O espaço segue aberto para manifestações.
Metrópoles