O presidente afastado da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, enfrenta uma nova tentativa de prisão por acusações de insurreição depois que um investigador de alto escalão prometeu fazer o que fosse preciso para prender o líder acusado.
Manifestantes contra e a favor de Yoon continuam enfrentando temperaturas congelantes para organizar comícios nas ruas ao redor do complexo presidencial nesta quarta-feira (8) depois que um tribunal reemitiu um mandado de prisão.
O Serviço de Segurança Presidencial (PSS) foi visto esta semana fortificando o complexo com arame farpado e barricadas usando ônibus para bloquear o acesso à vila na encosta onde Yoon supostamente está.
Yoon está sob investigação criminal por insurreição após a tentativa de impor lei marcial em 3 de dezembro, ato que surpreendeu a Coreia do Sul e levou ao primeiro mandado de prisão a ser emitido para um presidente em exercício.
Ele também está envolvido em um julgamento separado no Tribunal Constitucional sobre seu impeachment decretado no dia 14 de dezembro, por violar seus deveres constitucionais.
Oh Dong-woon, chefe do Escritório de Investigação de Corrupção para Oficiais de Alto Nível (CIO) que está liderando a investigação contra Yoon, pediu desculpas na terça-feira pelo fracasso na primeira tentativa de prisão realizada na última sexta-feira (3).
Oh cancelou a tentativa de prisão após ser impedido de entrar no complexo presidencial por uma corrente de centenas de membros do PSS e guardas militares, em uma ação que durou seis horas no complexo presidencial.
Faremos o nosso melhor para atingir nossa meta, nos preparando completamente desta vez com grande determinação de que a segunda execução do mandado será a última
Oh Dong-woon, chefe do Escritório de Investigação de Corrupção para Oficiais de Alto Nível (CIO)
O chefe do CIO não especificou por quanto tempo o novo mandado de prisão duraria.
Ele também não se opôs quando os membros do parlamento pediram uma ação dura para dominar os guardas presidenciais e as tropas militares dentro do complexo, mas ele se recusou a confirmar quais opções estavam sendo consideradas.
Vários cenários relatados na mídia local incluem a mobilização de forças de unidades táticas especiais da polícia e equipamentos pesados ??para empurrar as barricadas.
Também foi relatado o uso de mais de 2.000 agentes da polícia para arrastar os guardas presidenciais, levando até três dias, se necessário, para cansar os agentes de segurança presidencial.
O CIO e a polícia foram superados em número na tentativa de prisão anterior por mais de 200 funcionários do PSS, alguns dos quais portavam armas de fogo, bem como tropas destacadas para a segurança presidencial, disse um funcionário do CIO.
CNN Brasil