Geral clima

Ações urgentes para adiar o fim do mundo

O último episódio da retrospectiva de 2024 do Pauta Pública reuniu especialistas para debater a questão mais urgente do século: as mudanças climáticas.

Por Em Sergipe

10/01/2025 às 08:44:55 - Atualizado há

O último episódio da retrospectiva de 2024 do Pauta Pública reuniu especialistas para debater a questão mais urgente do século: as mudanças climáticas. A temporada Conversas que não podemos mais adiar abordou um dos temas que têm ganhado cada vez mais destaque na mídia global, especialmente por eventos marcantes que pautaram o debate no último ano.

Em janeiro, bairros da Zona Oeste do Rio de Janeiro enfrentaram graves prejuízos causados por fortes chuvas. Na ocasião, a Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, associou os dados ao racismo ambiental, termo que descreve como populações pobres são mais vulneráveis a desastres climáticos. Sua declaração gerou polêmica nas redes sociais devido a interpretações equivocadas, mas destacou a urgência do tema. Para esclarecer o conceito e suas implicações, o Pauta Pública recebeu a jornalista e pesquisadora Mariana Belmont no episódio Racismo ambiental e justiça climática.

Ainda dentro dessa discussão, no contexto das eleições municipais, a Agência Pública investigou como os candidatos estavam abordando os impactos das mudanças climáticas. Com isso, o episódio Justiça climática e cidades antirracistas recebeu a mestra em planejamento urbano Gisele Brito que falou na urgente necessidade de adaptação das cidades às mudanças climáticas. Segundo Gisele, "fazer melhoramentos na cidade sem levar em consideração os impactos raciais agrava as desigualdades raciais ao invés de diminuí-las, e isso é um problema do modelo de desenvolvimento mundial."

Para encerrar a retrospectiva, o episódio reúne trechos da mesa Antropoceno e Mudanças Climáticas, que fez parte das atividades de 13 anos da Agência Pública. A mesa contou com a participação do ativista e escritor Ailton Krenak, o climatologista Carlos Nobre e a jornalista Daniela Chiaretti. Krenak trouxe uma perspectiva poderosa sobre como os povos indígenas vêm alertando sobre as consequências das mudanças climáticas muito antes dos próprios cientistas: "A última vez que abordei o tema, eu disse que daqui a uns 20, 30 anos, as pessoas vão derreter feito lesma na calçada. O calor vai ser tão chapante que um cara vai sair de casa e derreter na calçada. Para um geólogo isso deve ser um escândalo. Até que o próprio geólogo derreta na calçada."

Confira o episódio completo para mais reflexões sobre os desafios climáticos.

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