Economia Política

Com vetos de Lula, RS não vai aderir a acordo sobre dívida de estados, diz secretária

O Rio Grande do Sul não pretende aderir ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), acordo anunciado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Por Em Sergipe

17/01/2025 às 12:32:03 - Atualizado há

O Rio Grande do Sul não pretende aderir ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), acordo anunciado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

A afirmação é da secretária estadual da Fazenda do Rio Grande do Sul, Pricilla Santana. Assim como o governador Eduardo Leite (PSDB) já havia feito, ela criticou os termos do acordo e, principalmente, os vetos feitos por Lula. 

"O resultado, com os vetos, inviabiliza completamente a adesão do estado ao Propag, pois teríamos impacto concreto nos recursos para a reconstrução", afirmou Santana em entrevista à Rádio Guaíba.

De acordo com a secretária, em caso de adesão ao Propag, o governo gaúcho teria de começar a pagar parcelas para o fundo de compensação dos estados – o que significaria uma diminuição de até 50% nos R$ 14 bilhões provenientes da suspensão do pagamento da dívida por 3 anos, em função da reconstrução do Rio Grande do Sul após as enchentes de 2024.

O governo gaúcho projeta que a adesão ao programa representaria uma redução de cerca de R$ 2 bilhões, já neste ano, dos valores direcionados ao estado. Até março de 2027, essa diminuição chegaria a R$ 7 bilhões. 

Leia também

Lula: governadores que criticaram programa de dívidas dos estados são “ingratos”

Alguns dos estados mais endividados do Brasil, como Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, são governados por políticos de oposição a Lula, que criticaram o texto sancionado

"Hoje, em função da legislação que suspendeu o serviço mensal da dívida, temos juro zero. Se aderirmos ao Propag, pagaremos mais em função do fundo. Não faz sentido", explicou a secretária da Fazenda. 

"Sem explicação"

Na entrevista, Pricilla Santana afirmou ainda que o governo de Eduardo Leite não compreende o que levou Lula a vetar pontos considerados essenciais no texto – pelo menos na visão do governo gaúcho. 

Segundo a secretária da Fazenda, todos os pontos do projeto, modificados pela Câmara dos Deputados, foram negociados à exaustão e contaram com o endosso do Ministério da Fazenda, comandado por Fernando Haddad (PT). No Senado, o texto foi aprovado por unanimidade, com chancela integral às alterações feitas na Câmara. 

"Não tenho a resposta para o que aconteceu. Todos os pontos foram previamente negociados", afirmou Santana. "O senador [Davi] Alcolumbre foi o relator do projeto do Propag e estava literalmente à mesa de todas as negociações e a par de todos os compromissos firmados", completou. 

Comunicar erro

Comentários Comunicar erro

Em Sergipe

© 2025 2024 - EmSergipe - Todos os direitos reservados
WhatsApp: 79 99864-4575 - e-mail: [email protected]

•   Política de Cookies •   Política de Privacidade    •   Contato   •

Em Sergipe