O dólar fechou a segunda-feira em baixa ante o real, acompanhando o recuo firme da moeda norte-americana no exterior, após notícias de que Donald Trump não imporá novas tarifas de importação em seu primeiro dia na Presidência dos Estados Unidos.
Dois leilões de dólares realizados pelo Banco Central pela manhã também contribuíram para a queda das cotações no Brasil, com agentes do mercado especulando que a política de intervenções pode ter mudado com Gabriel Galípolo agora no comando do BC.
Confira a cotação em tempo real: Conversor de Moeda
Qual é a cotação do dólar hoje?
O dólar à vista fechou em queda de 0,38%, aos 6,0420 reais. Em janeiro, a moeda acumula baixa de 2,22%. Às 17h03 na B3 o dólar para fevereiro — atualmente o mais líquido — cedia 0,46%, aos 6,0590 reais.
Dólar comercial
- Compra: R$ 6,042
- Venda: R$ 6,042
Dólar turismo
- Compra: R$ 6,128
- Venda: R$ 6,308
O que aconteceu com dólar hoje?
As atenções se voltam nesta segunda para o início do novo governo Trump nos EUA, com ampla expectativa entre investidores para o discurso a ser proferido pelo presidente eleito na posse e a assinatura de uma série de decretos que buscarão estabelecer a marca da nova gestão já no primeiro dia do mandato.
Duas fontes familiarizadas com o assunto indicaram que Trump deve assinar nesta segunda mais de 100 decretos sobre uma diversidade de temas, que vão desde controle rígido à imigração até a abertura de novas fronteiras para a exploração de petróleo e, possivelmente, a imposição de tarifas de importação.
Uma matéria do The Wall Street Journal indicou mais cedo que Trump divulgará um memorando nesta segunda instruindo as agências a investigarem os déficits comerciais e as práticas comerciais injustas, mas não adotará novas tarifas em seu primeiro dia no cargo.
Uma vez que analistas apontam que as tarifas têm potencial inflacionário, o que forçaria o Federal Reserve a manter a taxa de juros em um patamar elevado e favoreceria o dólar, a moeda norte-americana passou a recuar amplamente nos mercados globais após a publicação da reportagem.
A repercussão mais ampla dos anúncios de Trump, no entanto, só deve ser conhecida na terça-feira, uma que vez os mercados dos EUA estão fechados devido ao feriado do Dia de Martin Luther King Jr.
“Agenda está relativamente tranquilo, não há outros fatores além da posse do Trump e dos leilões do Banco Central. Decretos de Trump podem ter impacto no dólar, mas como ele fala bastante, parte já está precificado”, disse Tiago Feitosa, fundador da T2 educação.
Por aqui, o Banco Central vendeu nesta segunda um total de 2 bilhões de dólares em dois leilões com compromisso de recompra realizados durante a manhã, informou a autarquia, no que foi a primeira intervenção cambial da gestão do novo presidente do BC, Gabriel Galípolo.
O leilão de linha A foi realizado das 10h20 às 10h25, com oferta de 1 bilhão de dólares e data de recompra em 4 de novembro de 2025. Já o leilão de linha B foi realizado das 10h40 às 10h45, com oferta de 1 bilhão de dólares e data de recompra em 2 de dezembro de 2025.
Os leilões de linha foram anunciados no início da noite de sexta-feira, e ocorreram no mesmo dia da posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.
A autarquia ainda fará nesta sessão um leilão de até 20.053 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 3 de fevereiro de 2025.
(Com Reuters)
SIte da InfoMoney