Para o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o valor atual no qual o dólar está cotado não condiz com a realidade brasileira.
“O patamar que está não corresponde à vida real e aos números reais da economia brasileira”, disse nesta segunda-feira (20).
A última vez em que o dólar fechou num patamar abaixo de R$ 6 foi na primeira quinzena de dezembro. Desde então, se mantém cotado acima da marca psicológica por conta de temores quanto ao cenário fiscal brasileiro e incertezas no exterior.
Nesta segunda, porém, a divisa encerrou com recuo de 0,38%, cotada a R$ 6,042 na venda.
Costa apontou que “o que a realidade vai mostrando é que o dólar vai caindo”, apesar de a queda não se dar na mesma velocidade que a alta.
“Mas acredito que com o passar dos dias e da posse do novo presidente dos Estados Unidos e com os números robustos da economia brasileira, o dólar vai voltar ao patamar, eu diria, que tenha reflexo na vida real da economia”, pontuou o ministro.
“Não compraria dólar acima de R$ 5,70”, diz Haddad
Em entrevista exclusiva à CNN, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou incertezas no exterior por trás do mal estar na economia que, segundo sua avaliação, não é restrito ao Brasil, mas é global.
“O quadro externo mudou, não sei por quanto tempo, porque não era o previsto no ano passado, mas mudou radicalmente. As coisas não estão bem, o juro nos Estados Unidos no patamar que está, ninguém pode ficar despreocupado”, afirmou Haddad na sexta-feira (17).
O ministro relacionou o impacto dessa relação no câmbio e apontou que, observando os fundamentos econômicos para o Brasil de hoje, o valor no qual o dólar está cotado é elevado.
Questionado sobre o momento de deterioração do real, o ministro da Fazenda indicou que "não compraria dólar acima de R$ 5,70".
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CNN Brasil