O Senado confirmou com ampla maioria John Ratcliffe como diretor da Agência Central de Inteligência (CIA), integrando mais um membro central da equipe de segurança nacional do presidente Donald Trump.
Ratcliffe, 59 anos, um leal defensor de Trump que foi diretor de inteligência nacional durante o primeiro mandato do presidente, enfatizou em suas audiências de confirmação a necessidade de enfrentar ameaças da China e de outros adversários dos EUA.
Ele foi confirmado na quinta-feira com 74 votos a favor e 25 contra, sendo o segundo indicado por Trump aprovado pelo Senado após a confirmação do secretário de Estado Marco Rubio na segunda-feira.
Ratcliffe conquistou o apoio de líderes do Comitê de Inteligência do Senado, incluindo o principal democrata do comitê, Mark Warner, da Virgínia, após garantir a Warner que, sob sua liderança, a agência produziria análises objetivas e protegeria os funcionários da CIA contra interferências políticas. Ele prometeu “dizer a verdade ao poder” e proteger as liberdades civis dos americanos.
Essa postura marca uma diferença significativa em relação a 2020, quando o ex-congressista e promotor republicano do Texas enfrentou oposição unificada dos democratas ao ser confirmado como diretor de inteligência nacional de Trump.
Ratcliffe, que anteriormente retirou sua candidatura para esse cargo devido a acusações de exagerar suas qualificações, acabou ganhando apoio republicano após sua defesa contundente de Trump durante o primeiro impeachment do ex-presidente. Na época, os democratas expressaram preocupação de que Ratcliffe seguiria ordens políticas de Trump ou distorceria informações de inteligência.
O líder da maioria no Senado, John Thune, elogiou a experiência de Ratcliffe e afirmou que ele fornecerá “análises de inteligência objetivas e imparciais”.
Outros indicados do segundo mandato de Trump, incluindo Pete Hegseth para o Departamento de Defesa e Tulsi Gabbard, ex-congressista escolhida por Trump para o antigo cargo de Ratcliffe como diretora de inteligência nacional, enfrentam uma oposição mais acentuada.
A combativa audiência de confirmação de Hegseth não conseguiu dissipar as preocupações dos democratas sobre alegações de má conduta sexual, consumo excessivo de álcool e má gestão financeira em duas organizações sem fins lucrativos que ele administrava. Os democratas também questionaram sua capacidade de liderar o complexo orçamento e a burocracia do departamento de US$ 850 bilhões.
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