A temporada de resultados do quarto trimestre de 2024 (4T24) no Brasil já começou, com cerca de 10% das empresas divulgando seus balanços.
A temporada de resultados do quarto trimestre de 2024 (4T24) no Brasil já começou, com cerca de 10% das empresas divulgando seus balanços.
O Itaú BBA espera um período de resultados ligeiramente positivo e destaca cinco pontos-chave sobre as tendências de desempenho:
O BBA comenta que o 4T24 já mostra uma taxa Selic média mais alta em relação ao trimestre anterior (11,3% contra 10,5% no 3T24) e uma inflação também maior (4,8% contra 4,4%), mas com a economia ainda forte para os setores domésticos.
Na avaliação do BBA, a deterioração do cenário macroeconômico (juros, perspectiva fiscal e câmbio) foi o principal fator para o desempenho negativo dos índices de ações. Grande parte dessa deterioração ocorreu no 4T24, com as taxas de juros de 10 anos atingindo seus níveis mais altos (acima de 15%), o dólar fechando o ano a R$ 6,18 e as projeções macroeconômicas apontando um cenário pior para 2025 (refletido nas previsões de PIB).
Os analistas notaram uma aceleração dos resultados para empresas domésticas e financeiras. O Ibovespa, excluindo commodities, deve mostrar aceleração de cima para baixo no 4T24, registrando crescimento de dois dígitos em receita, Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) e lucro líquido (+19%, +10% e +14%, respectivamente).
Saiba mais:
O Itaú BBA prevê crescimento de dois dígitos para 2025, mas com risco de revisões negativas devido ao cenário de juros e inflação. No último mês, o banco observou tendências levemente negativas para o Ibovespa tanto em 2025 quanto em 2026, parcialmente compensadas por revisões positivas nas commodities.
“O setor financeiro sofreu revisões negativas de quase 2% no último mês, enquanto as empresas domésticas tiveram cortes de quase 4% nas projeções de lucro para cada um dos próximos dois anos”, comenta BBA. O banco continua vendo risco de queda para o lucro por ação (EPS) do segmento doméstico do Ibovespa.
Ao analisar o crescimento de forma setorial, o banco notou uma maior dispersão entre os setores de commodities, enquanto alguns setores domésticos devem apresentar contração do lucro líquido em 2025.
Segundo o relatório, Óleo & Gás, Construtoras e Transporte são os setores como maior crescimento do lucro líquido, enquanto Agronegócio, Siderurgia & Mineração e Shoppings tiveram os menores crescimentos dos lucros.
O BBA avalia que uma das principais preocupações dos investidores tem sido se as estimativas do consenso de mercado estão conseguindo incorporar o impacto das taxas de juros mais altas nos resultados.
“Como não há uma resposta definitiva, cruzamos os dados de revisões de Ebitda e de lucro por ação (EPS) nos últimos três meses para identificar possíveis desequilíbrios em empresas e setores onde a melhora dos resultados operacionais foi total ou parcialmente compensada por impactos na última linha do balanço”, disse o banco.
Em nível setorial, o BBA destaca Celulose & Papel, Construtoras, Alimentos & Bebidas, Bens de Capital e Óleo & Gás como setores que tiveram revisões positivas tanto para Ebitda quanto para EPS. Por outro lado, os setores de Shoppings, Transporte e Agronegócio apresentaram revisões positivas para Ebitda, mas negativas para EPS.
Em nível individual, alinhando com suas preferências e as principais recomendações dos analistas, o BBA destaca Cyrela (CYRE3), Suzano (SUZB3), JBS (JBSS3), 3tentos (TTEN3), Eneva (ENEV3), Embraer (EMBR3), Direcional (DIRR3) e Sabesp (SBSP3).
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