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Um mês de governo Trump: saiba tudo o que aconteceu

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, completa um mês no cargo nesta quinta-feira (20).

Por Em Sergipe

20/02/2025 às 00:42:09 - Atualizado há
Foto: CNN Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, completa um mês no cargo nesta quinta-feira (20).

Um dos principais destaques do segundo mandato de Trump é o fortalecimento da política America First, que têm adotado uma postura priorizando os Estados Unidos em diferentes frentes, como economia, política e relações internacionais.

Por meio da assinatura de decretos, o presidente revogou inúmeras medidas de Joe Biden, seu antecessor democrata, cumprindo assim suas promessas de campanha já no primeiro dia no cargo.

Imigração

Desde que assumiu a Presidência em 20 de janeiro, Trump tem feito uma ofensiva contra imigrantes indocumentados, intensificando deportações em aviões militares e enviando agentes para a fronteira com o México.

O México recebeu quase 11 mil imigrantes deportados dos EUA desde a posse de Trump, disse a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum. Segundo autoridades da fronteira entre os dois países, ao menos 29 mil migrantes irregulares foram presos na região em janeiro.

A deportação em massa também gerou conflitos diplomáticos entre o americano e líderes de outras nações como Colômbia e Venezuela.

Foi sob o novo governo do republicano que aviões militares dos Estados Unidos foram usados pela primeira vez para repatriar pessoas.

Imigrantes embargam em avião C-17 Globemaster III no Texas 23/01/2025 • . Dept. of Defense/Handout via REUTERS

Deportação de brasileiros

Até o momento, em 1 mês do governo Trump, 199 brasileiros já foram deportados dos EUA, sendo 88 no primeiro voo e 111 no segundo. Um novo voo com brasileiros chegaria ao Brasil nesta sexta-feira (21).

Ele será o terceiro voo com deportados do Brasil chegando em território nacional. A quantidade de pessoas do terceiro voo ainda não foi definida.

Na chegada do primeiro voo no Brasil, em 24 de janeiro, as autoridades brasileiras foram surpreendidas com o processo de algemar os imigrantes, além de relatos de abusos e condições precárias enfrentadas pelos deportados.

Tarifaço

O anúncio das tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio ao país, sem exceções, que impactaram o mundo todo, geraram reações entre líderes de diversos países, que criticaram a medida.

Sobre a China, Trump impôs uma tarifa de 10% sobre todos os produtos do país que entrarem nos EUA, criando um temor de que a medida poderia criar uma guerra comercial.

Na terça-feira (18), o governo chinês condenou as tarifas anunciadas por Trump, em uma reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC), alertando que tais "choques tarifários" podem derrubar o sistema de comércio global e arriscam causar uma recessão global.

Na mais recente decisão econômica do presidente está imposição de tarifas recíprocas, aos países que determinam impostos sobre importações dos Estados Unidos.

As novas regras não entraram em vigor imediatamente, buscando dar tempo aos países que devem ser impactados negociar novos termos comerciais com o governo americano, afirmou um funcionário da Casa Branca.

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Novo governo

Em mais uma frente que visa cortar gastos do governo e mudar políticas implementadas pelo governo anterior, a administração Trump determinou a demissão “voluntária” de milhares de funcionários e desmontou programas governamentais.

Entre eles está o fechamento da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla em inglês), que distribuia bilhões de dólares anualmente em todo o mundo para aliviar a pobreza, tratar doenças e responder à fome e às catástrofes naturais por meio de programas.

Logo da USAID em Cúcuta, na Colômbia • 7/2/2019 REUTERS/Marco Bello

O líder dos EUA também ordenou que todos os funcionários públicos federais de setores de diversidade, equidade, inclusão e acessibilidade fossem colocados em "licença administrativa remunerada" – uma suspensão em que continuam recebendo salário, por hora.

Esses setores fazem parte do conjunto de iniciativas chamado de "DEI" (Diversidade, Igualdade e Inclusão, na sigla em inglês) ou DEIA (Diversidade, Igualdade, Inclusão e Acessibilidade, nas siglas e inglês).

Trump também assinou uma decreto que proíbe programas da iniciativa.

Demissões gerais de funcionários em experiências foram ordenadas para diversos órgãos governamentais, pois normalmente estão empregados há menos de um ano, ou no máximo dois, e possuem menos proteções de emprego sem direito de apelação.

Cortes ocorreram em departamentos como o de Energia e Assuntos de Veteranos, Educação, Agência de Proteção Financeira ao Consumidor, Administração de Pequenos Negócios e no Departamento do Interior.

O governo ofereceu demissões voluntárias, aceitas por 77 mil trabalhadores na proposta de redução da força de trabalho federal.

DOGE e Elon Musk

O bilionário Elon Musk, que apoiou o Republicano durante toda a campanha, está no Departamento de Eficiência Governamental dos Estados Unidos (DOGE, na sigla em inglês), uma nova pasta criado pelo presidente.

Desde que entrou em vigor, o DOGE demitiu ou suspendeu funcionários do governo, exigiu acesso a sistemas de pagamento confidenciais, desmontou a USAID e acessou dados e informações privadas de milhões de americanos.

Até o momento, não há um plano público para o departamento, os detalhes sobre os objetivos finais da pasta não são totalmente claros e ela segue executando as medidas assinadas por Trump.

Israel, Hamas e Gaza

Donald Trump se envolveu nas negociações sobre a guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza, auxiliando as partes a chegarem a um acordo que entrou em vigor um dia antes que ele assumisse Casa Branca.

A trégua, que segue em vigor, caminha para negociações de uma segunda etapa, enquanto segue com a entrega de reféns israelenses e a soltura de prisioneiros palestinos como parte da resolução.

Trump e Netanyahu se reúnem na Casa Branca 04/02/2025 REUTERS/Elizabeth Frantz •

Com o cessar-fogo, milhares de palestinos deslocados voltaram para Gaza, mas Trump anunciou uma proposta para o território, que propõe a transferência dessa população para países vizinhos e o estabelecimento do controle americano na região.

A ideia do presidente foi rejeitada pelo Egito e Jordânia, cotados para receber os palestinos, além da comunidade internacional que condenou a ideia, como o presidente da França, Emmanuel Macron.

O plano do Republicano, elogiado pelo primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu, ainda prevê a reconstrução de Gaza enquanto a população estiver deslocada, visando transformar o território na “Riviera do Oriente Médio”, sob o controle americano.

A princípio, Trump disse que os palestinos voltariam para viver no local após a reconstrução, porém, mais tarde, afirmou que a população não teria o direito de retornar para Faixa de Gaza sob seu plano, pois teriam “moradias muito melhores, em um lugar permanente”.

Rússia e Ucrânia

Presidente da Rússia, Vladmir Putin, presidente dos EUA, Donald Trump e presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. • Reuters

Antes mesmo de assumir a presidência, o Republicano já havia expressado seu desejo de acabar com guerra na Ucrânia, iniciada após a invasão russa em 2022.

Trump tem falado com os presidentes dos dois países, o ucraniano Volodymyr Zelensky e o russo, Vladimir Putin, a fim de chegar a um acordo que termine com o conflito que caminha para o quarto ano.

Nos mais recentes desdobramentos, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov se reuniram na Arábia Saudita para o início das negociações sobre a Ucrânia e buscando também reestabelecer relações entre os dois países.

A reunião, porém, não foi bem recebida por Zelensky, pois não teve a participação ucraniana, que exige o consentimento do país em qualquer mediação de paz. Líderes europeus também se mostram preocupados com a aproximação entre Putin e Trump, realizando uma cúpula de emergência em Paris na segunda-feira (17).

Na quarta-feira (19) Trump fez uma publicação em sua rede social, Truth Social, chamando o líder ucraniano de ditador e o alertando a “se apressar” ou ficará “sem país”.

Outras ações

Em outras movimentações, Trump suspendeu a participação dos Estados Unidos da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Conselho de Direitos Humanos da ONU, mudou o nome do Golfo do México para Golfo da América, alteração que já consta no Google Maps, e rebatizou o Monte Denali para McKinley, em homenagem ao 25º presidente dos EUA.

As mudanças propostas pelo Republicano mostraram influência em outros países que o apoiam, como a Argentina, que também suspendeu a participação da OMS, em uma proposta de Javier Milei, apoiador do líder americano.

Fonte: CNN Brasil
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