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A Mulher de Todos: atriz e restauradora falam sobre filme digitalizado

São Paulo — Escrito e dirigido por Rogério Sganzerla, o filme A Mulher de Todos, de 1969, marcou o cinema brasileiro com humor e um toque de erotismo.


São Paulo — Escrito e dirigido por Rogério Sganzerla, o filme A Mulher de Todos, de 1969, marcou o cinema brasileiro com humor e um toque de erotismo. Restaurado por Débora Butruce, o longa foi exibido na noite dessa sexta-feira (21/2) na Cinemateca Brasileira, na capital paulista.

A produção é estrelada por Helena Ignez. Também tem no elenco personalidades como Jô Soares, Stenio Garcia, Paulo Villaça e Antonio Pitanga.

Na sessão de estreia da cópia restaurada, a atriz que viveu a protagonista destacou a rebeldia da própria trajetória e da personagem, Angela Carne e Osso. "Ela é terrível, e dentro disso tem uma grande modernidade", avaliou Ignez, atualmente aos 82 anos.

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A Mulher de Todos foi lançado em 1969

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O filme original foi restaurado por Débora Butruce

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Helena Ignez é a protagonista

Servicine - Serviços Gerais de Cinema/Reprodução

Filme restaurado

O trabalho de restauração de A Mulher de Todos durou de agosto de 2024 a fevereiro de 2025. No material, usou-se principalmente uma cópia de 2010, já que os negativos das filmagens em lentes 35 milímetros não estão mais disponíveis.

A responsável, Débora Butruce, explicou que foi necessário um cuidadoso processo de pesquisa e prospecção. Nesse caso, o resultado só foi possível graças um interpositivo combinado, que garante imagem e som no mesmo suporte.

"É importante mencionar que o restauro é uma tentativa de se aproximar do que era", analisa. "Foi um método muito livre, mas também um desafio: emular algo que foi feito analogicamente e reproduzir no ambiente digital; não colocar a cor tão intensa para se aproximar do processo de viragem".

Ao longo do filme, cada cena tem uma cor específica. Cerca de 5 tonalidades aparecem no total.

Personagem rebelde

A obra A Mulher de Todos foi lançada em meio à ditadura militar no Brasil. Helena Ignez refletiu sobre interpretar uma mulher libertária, repleta de rebeldia, em uma época de tanta repressão. A atuação ficou marcada pela inventividade e se tornou referência.

"Ao fazer a personagem eu não sentia o que ela provocou. Pra mim, foi uma surpresa, porque eu não me sentia erótica", contou a atriz. "O filme tem uma crueldade do momento, uma inteligência extraordinária, com uma graça que vem do humor", acrescentou.

Helena Ignez e Débora Butruce, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo

 

A Mulher de Todos

No enredo, Angela Carne e Osso, uma mulher cheia de paixões e com a sexualidade aflorada, é casada com Dr. Plirtz, um ex-carrasco nazista e rico dono de empresa no Brasil. Entediada com a própria vida, ela passa o tempo colecionando homens na Ilha dos Prazeres.

No local, a protagonista encontra o playboy Vampiro e o jovem Armando. Ambos são seduzidos por ela.

Em 2015, a comédia entrou na lista da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos

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