Colapso de ponte na Coreia do Sul deixa ao menos quatro mortos e seis feridos

Um trecho de uma ponte em construção desabou nesta terça-feira (25) em Anseong, a cerca de 70 km ao sul de Seul, na Coreia do Sul, deixando pelo menos quatro trabalhadores mortos e seis feridos, segundo autoridades locais.

O colapso ocorreu às 9h50 no horário local (21h50 de segunda-feira em Brasília), quando cinco vigas de aço, com cerca de 50 metros de comprimento cada, cederam em sequência enquanto eram içadas por um guindaste.

Equipes de resgate atuaram durante toda a manhã e confirmaram que os 10 trabalhadores que estavam na estrutura foram localizados. Entre os mortos, há dois cidadãos chineses. Dos seis feridos, cinco estão em estado crítico, incluindo outro cidadão chinês, segundo o Corpo de Bombeiros de Anseong.

Um vídeo divulgado pela agência Yonhap mostra o momento do desabamento, com parte da estrutura caindo em pedaços e levantando uma nuvem de poeira e destroços.

O presidente interino da Coreia do Sul, Choi Sang-mok, determinou o envio imediato de recursos e equipes para auxiliar nas investigações e prevenir novos desmoronamentos. O Corpo de Bombeiros mobilizou três helicópteros e cerca de 150 agentes para o resgate.

O Ministério dos Transportes também enviou especialistas para avaliar as causas do acidente, que ocorreu durante a instalação de um tabuleiro da ponte. "Todos os operários estavam sobre a estrutura e caíram de ambos os lados quando ela desabou", explicou Ko Kyung-man, representante do Corpo de Bombeiros.

Histórico preocupante

A tragédia reacende o debate sobre segurança no setor de construção na Coreia do Sul. Apesar da aprovação de uma lei em 2022 para responsabilizar executivos por falhas de segurança, acidentes fatais continuam frequentes no país.

Dados do Ministério do Trabalho sul-coreano mostram que, em 2023, 598 trabalhadores morreram em acidentes industriais, sendo 303 no setor de construção. O governo prometeu uma investigação rigorosa para apurar falhas e prevenir novos incidentes.

(Com Reuters e The New York Times)