O governo da Rússia criticou nesta quinta-feira, 6, o discurso do presidente da França, Emmanuel Macron, que advertiu na véspera sobre a ameaça russa e a necessidade de fortalecer as defesas nucleares da Europa contra o país.
O governo da Rússia criticou nesta quinta-feira, 6, o discurso do presidente da França, Emmanuel Macron, que advertiu na véspera sobre a ameaça russa e a necessidade de fortalecer as defesas nucleares da Europa contra o país. Para o Kremlin, foi um discurso “desconectado da realidade”.
“Macron faz todos os dias declarações completamente desconectadas da realidade, que contradizem suas declarações anteriores. É um charlatão”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, citada pela agência Ria Novosti.
A porta-voz acrescentou que Macron terá de pedir desculpas à sua própria população, por induzi-la ao erro.
Na quarta-feira, 5, em um discurso à nação, o chefe de Estado francês alertou sobre o que chamou de ameaça russa, que afeta os países da Europa, e afirmou que a agressividade de Moscou parece não conhecer fronteiras, três anos após o início da ofensiva na Ucrânia.
Macron também anunciou a intenção de “abrir o debate estratégico” sobre a proteção do continente com a ajuda do guarda-chuva nuclear francês.
Tudo isso em um momento de aproximação entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o russo Vladimir Putin, que provoca o temor da imposição de uma paz contrária aos interesses da Ucrânia e da segurança da Europa.
Macron vem pressionando para que a capacidade de armas nucleares da França seja considerada como uma defesa mais ampla para a região há meses. Em uma entrevista à mídia local no ano passado, ele disse que a capacidade de dissuasão nuclear da França pode ser usada quando os interesses vitais do continente são ameaçados, acrescentando que há uma dimensão europeia para esses interesses vitais.
Estima-se que a França tenha o quarto maior estoque de armas nucleares do mundo, de acordo com um relatório da Federação de Cientistas Americanos, com 290 ogivas em seu inventário. Rússia, EUA e China têm os três maiores estoques.
Ao mesmo tempo, a Alemanha, que não tem armas nucleares, anunciou esta semana que liberará centenas de bilhões de euros para investimentos em defesa e infraestrutura, em geral, em uma mudança importante nas políticas do país para o setor. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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