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Caso Vitória: contradições marcam investigações da morte em Cajamar

Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, foi encontrada morta em uma área de mata em Cajamar, na Grande São Paulo, na última quarta-feira (5), após uma semana desaparecida.

Por Em Sergipe

08/03/2025 às 11:39:28 - Atualizado há
Caso Vitória: Polícia usa cão farejador para buscar evidências em veículo'

Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, foi encontrada morta em uma área de mata em Cajamar, na Grande São Paulo, na última quarta-feira (5), após uma semana desaparecida. A investigação policial se concentra em contradições nos depoimentos de testemunhas e suspeitos. O caso segue sem solução, cercado de incertezas.

A Polícia Civil de São Paulo, a partir da Delegacia de Polícia de Cajamar que conduz as investigações, têm se deparado com inconsistências nos relatos de pessoas próximas à vítima, o que tem gerado questionamentos e a necessidade de aprofundar as investigações.

O ex-namorado da vítima, Gustavo Vinicius, apresentou versões conflitantes sobre o empréstimo de um veículo a um amigo. A polícia possui prova contundente da presença de Gustavo próximo ao local do crime, segundo o delegado Aldo Galiano Junior. Gustavo alega ter procurado a polícia por medo de ser morto.

Segundo apurou a CNN, um dos pontos que chamou a atenção dos investigadores foi a afirmação de que o crime teria ocorrido justamente no dia em que o carro do pai da vítima quebrou, impedindo-o de buscá-la como de costume. A coincidência da quebra do veículo do pai da vítima, no dia do crime, impossibilitando-o de buscá-la, levantou suspeitas.

Estado em que corpo foi encontrado dificulta investigação

A apuração do caso de Vitória Regina de Sousa, uma jovem de 17 anos encontrada sem vida, após uma semana de buscas, apresenta diversas complexidades e dificuldades, segundo o delegado encarregado da investigação, Dr. Fábio Lopes Cenachi.

Saiba porque o estado em que corpo foi encontrado dificulta investigação

Conforme o delegado, um desafio crucial é a dificuldade em determinar as circunstâncias da morte, especialmente quando o corpo é encontrado em estado avançado de decomposição.

"Naquelas condições em que o corpo estava ontem, os fenômenos já estão adiantados, estão com dias de morte. É cedo e é pouco profissional nós traçarmos qualquer deliberação. Não dá para traçar nem algum elemento de como teria sido infligido a morte", afirma o delegado.

Em entrevista coletiva, o delegado demonstrou a necessidade de aguardar os laudos periciais do IML (Instituto Médico Legal) para obter informações precisas sobre a causa da morte e outros elementos relevantes para a investigação.

Além disso, o delegado enfatiza a importância da cautela na divulgação de informações, visando proteger a investigação e a família da vítima. A precaução adotada pela polícia reflete a preocupação em evitar a divulgação de informações que possam comprometer o trabalho da polícia ou causar ainda mais sofrimento aos familiares da vítima.

Relembre o caso

O desaparecimento e a trágica morte de Vitória Regina de Sousa, uma jovem de 17 anos comoveu os moradores de Cajamar (SP). A história começou em 26 de fevereiro, quando Vitória, após um dia de trabalho em um shopping local, pegou o ônibus de volta para casa.

Naquela noite, Vitória compartilhou mensagens de texto com uma amiga, expressando o medo que sentia ao perceber que estava sendo seguida por dois homens. Testemunhas relataram ter visto um automóvel com quatro homens seguindo a jovem depois que ela desceu do ônibus.

Após seu desaparecimento, a cidade se uniu em buscas incessantes. A polícia e os familiares, apoiados por diversos agentes, cães farejadores e drones, procuraram por Vitória em todos os cantos da região.

A angústia chegou ao fim em 5 de março, quando o corpo de Vitória foi encontrado em uma área de mata em Cajamar. O corpo da jovem estava em estado avançado de decomposição e apresentava sinais de violência. Um policial que estava no local das buscas informou que o corpo da vítima foi bastante violentado. A jovem estava com a cabeça raspada e sem as roupas.

A Delegacia de Polícia de Cajamar assumiu a responsabilidade pela investigação, trabalhando com diversas hipóteses para o crime. Mais de 11 testemunhas foram ouvidas e dois veículos foram apreendidos para perícia. A principal linha de investigação é que a morte de Vitória foi por vingança.

Entre os suspeitos, o nome de Gustavo Vinicius, ex-namorado de Vitória, ganhou destaque. Ele chegou a prestar depoimento na delegacia, mas foi liberado após a justiça negar o pedido de prisão temporária feito pela equipe de investigação. Segundo o delegado, o ex-namorado foi à delegacia por medo de ser morto pelos outros suspeitos.

O corpo de Vitória foi velado e enterrado sob forte comoção de parentes, amigos e moradores da cidade. Gritos de "justiça" foram entoados durante o sepultamento.

Linha do tempo

A CNN preparou uma linha cronológica desde o desaparecimento até o momento em que o corpo foi encontrado nessa quarta-feira (5). Confira.

Fonte: CNN Brasil
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