O cenário político e econômico brasileiro promete uma semana agitada, com mudanças no governo Lula e uma série de indicadores importantes a serem divulgados. Paralelamente, os mercados globais permanecem atentos às decisões do presidente americano Donald Trump.
A posse da deputada Gleisi Hoffmann como ministra da Secretaria de Relações Institucionais, substituindo Alexandre Padilha, marca uma possível guinada do governo mais à esquerda.
Esta movimentação sugere que Lula pode estar priorizando sua base histórica de apoio, em detrimento de uma aproximação com o centrão.
Medidas econômicas
O mercado observa com cautela as recentes declarações de Lula sobre o combate à inflação dos alimentos.
O presidente mencionou a possibilidade de “uma atitude mais drástica”, sem especificar detalhes. Há preocupações de que o governo possa recorrer a medidas heterodóxas, como restrições às exportações ou subsídios, o que poderia complicar os esforços para equilibrar as contas públicas.
Na agenda econômica, destacam-se a divulgação do IPCA de fevereiro, a produção industrial e os resultados das contas do setor público em janeiro. Além disso, a semana será marcada por uma intensa safra de balanços de empresas brasileiras.
Cenário internacional
No âmbito internacional, as atenções se voltam para os dados de inflação nos Estados Unidos e os relatórios mensais da OPEP e da Agência Internacional de Energia.
A China também divulgou números de inflação abaixo do esperado, indicando uma possível desaceleração econômica.
Os mercados seguem acompanhando de perto as decisões de Donald Trump, que recentemente impôs e posteriormente adiou tarifas sobre produtos do México e Canadá, além de admitir a possibilidade de uma recessão nos Estados Unidos.
Com uma agenda repleta e um cenário político-econômico em constante mudança, investidores e analistas permanecem atentos aos desdobramentos que podem impactar significativamente os mercados nas próximas semanas.
CNN Brasil