Enquanto Tabata ainda tenta conquistar o PSDB, Boulos mira mulheres, universitários e evangélicos

Com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), com agenda 100% dedicada à capital paulista, os principais adversários Guilherme Boulos (PSOL) e Tabata Amaral (PSB), ainda se dividem entre as sessões e votações na Câmara dos Deputados e agendas de preparação para a campanha em São Paulo.

Articuladores da campanha de Tabata planejam um novo encontro com o recém-filiado José Luiz Datena, e o presidente do partido em São Paulo, José Aníbal. A intenção é selar de uma vez por todas o apoio, entregando a vice na chapa ao partido, independentemente do nome que for escolhido por eles. Ainda paira na campanha o receio de que Datena pode acabar desistindo, mas eles também entendem que a coligação com o PSDB ajudaria a trazer recursos, força política e tempo de TV. A ideia é fazer um jantar ainda nesta semana para avançar na negociação.

Guilherme Boulos tem imprimido uma agenda mais intensa de encontros. Com a ajuda do PT, o pré-candidato do PSOL já marcou dois compromissos para esta semana: um encontro com alunos e professores da PUC de São Paulo na quinta-feira (25) e um novo evento com mulheres ao lado da pré-candidata a vice, Marta Suplicy (PT), no sábado (27).

Há ainda uma preocupação com os evangélicos, um grupo de quem o pré-candidato espera se aproximar mais com a ajuda da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede). A leitura é de que uma agenda mais voltada para religiosos poderia ajudar a furar a bolha e diminuir as resistências ao nome de Boulos.

Nessa terça-feira (23), o prefeito Ricardo Nunes disse à Muriel Porfiro, da CNN, que ‘não desistiu’ do PSDB. Um jantar realizado na última segunda-feira (22) teve a presença de dois tucanos, o ex-representante do governo paulista em Brasília e ex-prefeito de Salvador, Antonio Imbassahy, e o secretário da Casa Civil de Nunes, Fabrício Cobra.