A Confederação Geral do Trabalho (CGT) da Argentina convocou uma greve geral contra o governo de Javier Milei nesta quinta-feira (9).
A Confederação Geral do Trabalho (CGT) da Argentina convocou uma greve geral contra o governo de Javier Milei nesta quinta-feira (9). O principal serviço afetado será o de transporte público. Sindicatos de ônibus, metrôs e trens aderiram à paralisação, que deve durar 24 horas.
Segundo o jornal Clarín, a greve também vai afetar o funcionamento dos aeroportos, com a suspensão de voos domésticos e internacionais, após a adesão do sindicato de pilotos. A Aerolíneas Argentinas afirmou que nenhum voo será realizado.
Estima-se que 700 voos serão interrompidos. Pelo menos 90 mil passageiros devem ser afetados.
O Clarín afirma que 45 companhias aéreas vão paralisar as operações, o equivalente a 80% do tráfego aéreo diário argentino. Duas companhias vão operar: a low-cost Flybondi, que transferiu toda a sua operação do dia para o Aeroporto Internacional de Ezeiza, e a American Airlines.
Ao todo, a greve geral do dia 9 de maio conta com o apoio de 145 empresas de transporte.
A interrupção das atividades está prevista para começar às 00h de quinta-feira e terminar às 23h59 do mesmo dia.
Esta será a segunda greve geral no país desde a posse de Milei. A primeira aconteceu em 24 de janeiro e durou 12 horas.
O jornal La Nación listou outros setores públicos que também irão aderir à greve geral: servidores públicos estaduais, trabalhadores de comércio e serviços, funcionários do setor bancário e, parcialmente, do setor de saúde.
Em comunicado, o sindicato de bancários escreveu que "a política econômica rigorosa adotada pelo governo nacional prejudica os trabalhadores e o povo como um todo, ao mesmo tempo que favorece descaradamente o grande capital, os grupos econômicos e o poder real”.
A adesão do sindicado de comércio e serviços, um dos maiores do país, irá fechar supermercados e shoppings. Mas a expectativa é de participação parcial, assim como deve acontecer com as farmácias.
No setor de educação, os sindicatos anunciaram que apoiam a paralisação, mas dizem que a adesão será decisão de cada professor. As escolas argentinas irão abrir normalmente.
A ministra da Segurança, Patrícia Bullrich, antecipou que será aplicada uma medida antiprotestos ao longo de todo o dia: “Garantiremos a livre circulação, não deixaremos que tomem pontes ou bloqueiem rotas. Pode haver exceções onde não estamos, (â¦) mas o protocolo sempre se aplicará porque sabemos que as pessoas sentem o que isso significa. É a nossa filosofia”, disse.
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