Ganhando cada vez maior destaque e sendo frequentemente mencionado como uma das estrelas do governo federal pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), não esconde de aliados mais próximos que pretende disputar uma das duas vagas ao Senado pela Bahia em 2026.
Ganhando cada vez maior destaque e sendo frequentemente mencionado como uma das estrelas do governo federal pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), não esconde de aliados mais próximos que pretende disputar uma das duas vagas ao Senado pela Bahia em 2026.
As pretensões políticas de Costa, que foi governador do estado por 2 mandatos (entre 2015 e 2022), vêm causando uma espécie de "racha" no PT baiano, irritando figuras importantes do partido como o também ex-governador e hoje senador Jaques Wagner (PT), líder do governo no Senado.
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O mandato de Wagner na Casa se encerra em dezembro de 2026 e ele pretende disputar a reeleição. Outro senador da base aliada do governo Lula, Angelo Coronel (PSD), também vai concluir o mandato daqui a 2 anos e quer entrar na disputa. Em 2026, serão duas vagas disponíveis para o Senado em cada estado.
Na terça-feira (2), Rui Costa participou do tradicional cortejo de 2 de julho, dava cívica que celebra o fim da guerra da Independência do Brasil na Bahia, ao lado de Lula, Wagner e outros caciques do PT. Questionado sobre a intenção de concorrer ao Senado, o ex-governador despistou.
“É uma possibilidade, mas tenho que conversar com o presidente Lula. Eu faço política pelo projeto coletivo, então a gente precisa ver o melhor cenário. Vou conversar com ele para a gente tomar uma decisão, mas está cedo ainda”, afirmou o chefe da Casa Civil, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.
Rui Costa tem uma parceria política de mais de 4 décadas com Jaques Wagner – foi o seu sucessor no governo da Bahia, eleito em 2014 após 2 mandatos consecutivos do aliado. Ambos se distanciaram nos últimos meses e vêm travando uma "guerra fria" nos bastidores do PT.
Para que os objetivos políticos de cada um sejam alcançados, as eleições municipais de outubro deste ano são consideradas estratégicas. De acordo com levantamento da Folha, Rui Costa recebeu, em média, um prefeito da Bahia a cada 2 dias úteis no Ministério da Casa Civil, em Brasília (DF), em 2024.
Wagner, por sua vez, foi o principal articulador da pré-candidatura do vice-governador Geraldo Júnior (MDB) à prefeitura de Salvador (BA). O nome preferido de Rui era o do ex-vereador José Trindade.
“Não vou conseguir ser tão engajado como fiquei em outras campanhas. Eu pretendo ter uma presença nas campanhas muito com vídeo, com foto, porque não vai dar tempo. Eu não vou conseguir sair de lá para ter presença aqui”, afirmou Rui, adiantando que não deverá participar tão ativamente da campanha de Geraldo.
A disputa em torno das duas vagas ao Senado já se tornou pauta do presidente Lula, que tenta construir uma solução e evitar um rompimento total entre Wagner e Rui na Bahia – o que prejudicaria o PT e poderia ter consequências para a provável campanha de Lula à reeleição em 2026.
Uma das possibilidades cogitadas é a de que Rui Costa seja novamente candidato ao governo da Bahia, apesar de o atual governador, Jerônimo Rodrigues (PT), ter direito à reeleição. A hipótese, entretanto, é rechaçada tanto pelo grupo de Rui quanto pelo de Wagner.
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