A direção da Cemig (CMIG4) evitou prestar maiores detalhes sobre a proposta de federalização da companhia que está em debate, que prevê a transferência das ações da elétrica pertencentes ao Estado de Minas Gerais para a União.
A direção da Cemig (CMIG4) evitou prestar maiores detalhes sobre a proposta de federalização da companhia que está em debate, que prevê a transferência das ações da elétrica pertencentes ao Estado de Minas Gerais para a União.
"Federalização é um tema dos acionistas. A gente tem muito pouco a comentar", disse Reynaldo Passanezzi, presidente da Cemig a analistas, mas declarou que o assunto caminha no governo federal.
"Se espera uma resposta do Ministério da Fazenda em relação à proposta que está sendo negociada. Seguimos nosso dia a dia absolutamente normal, buscando melhor resultado para companhia, e é essa nossa função, independente de quem seja o acionista controlador", afirmou.
No quarto trimestre do ano passado, a Cemig (CMIG4) reportou lucro líquido IFRS de R$ 1,88 bilhão, alta de 34,1% em relação ao mesmo período de 2022. No acumulado de 2023, o lucro líquido da companhia avançou 41,4%, totalizando R$ R$ 5,8 bilhões.
No fechamento do pregão desta sexta-feira (22), as ações da companhia elétrica subiram 2,4%, fechando cotadas a R$ 12,35. Na máxima da sessão, os papéis foram a R$ 12,37 e na mínima a R$ 12,02.
Sobre alienação de ativos não core e com participação minoritária, Passanezzi comentou que o processo continua.
"Fizemos os desinvestimentos dos ativos com maior complexidade. Saímos daqueles que geravam para nós muito aporte de capital", disse. "O principal, nós já realizamos", complementou.
Segundo o executivo, há ainda PCHs para desinvestimentos, assim como na Aliança, na Taesa (TAEE11) e na UHE Belo Monte. "São processos lentos, mas que fazem parte de nosso plano (de desinvestimento)", disse.
Reynaldo Passanezzi ressaltou que a empresa realiza uma revisão da estrutura de capital. "E estamos investimento muito. O que acontece é que a gente está saindo de alguns setores e entrando em outros", comentou.
"A gente está gerando rentabilidade para a companhia sobre duas formas: quando a gente remunera o acionista com desembolso e também quando investe e gera valor para a companhia. O dividendo que não foi distribuído está sendo todo reaplicado em setores regulados, gerando valor para os acionistas", destacou.
Leonardo George de Magalhães, vice-presidente de Finanças e de Relações com Investidores da Cemig, disse que a empresa tem os dividendos mais atrativos do mercado.
"Considerando o dividendo do ano de 2023, ele representa uma remuneração ao nosso acionista de 12,4% – dividendo muito atrativo em cenário de redução de taxa de juros", pontuou.
"Considerando nossa estratégia de investimento de setor regulado, nossa capacidade de execução de operação é de resultados sólidos, e nos traz o otimismo que a companhia vai continuar sendo a empresa que garante remuneração muita atrativa aos nossos acionistas para os próximos anos", destacou o VP de Finanças.
Ele garantiu que a empresa, neste momento, dentro do setor elétrico, está entre as mais atrativas com pagadora de dividendos.
Por fim, em relação ao leilão de transmissão da semana que vem, Thadeu Carneiro da Silva, vice-presidente de Geração e Transmissão, disse que a Cemig não irá participar do certame a ser promovido pela Aneel, na semana que vem, dia 28 de março.
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