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Polícia do Reino Unido registra 40 novas acusações ligadas a ex-dono da Harrods

A polícia britânica disse nesta sexta-feira (11) que registrou 40 novas acusações ligadas ao ex-proprietário da loja de departamentos Harrods, Mohamed Al Fayed, após um documentário da BBC no qual as vítimas acusaram o falecido empresário de abuso sexual e estupro.


A polícia britânica disse nesta sexta-feira (11) que registrou 40 novas acusações ligadas ao ex-proprietário da loja de departamentos Harrods, Mohamed Al Fayed, após um documentário da BBC no qual as vítimas acusaram o falecido empresário de abuso sexual e estupro.

O bilionário egípcio Al Fayed faleceu no ano passado, aos 94 anos, depois de décadas nas manchetes dos jornais como um dos homens de negócios mais conhecidos do Reino Unido.

O documentário da BBC afirma que ele abusou sexualmente de funcionárias da Harrods em Londres e as ameaçou, caso tentassem reclamar. O documentário afirma que a Harrods não interveio e ajudou a encobrir as alegações de abuso durante o período em que ele foi proprietário da empresa.

A Harrods, que Al Fayed vendeu em 2010, disse que está “chocada” com as alegações e que agora é uma “organização muito diferente”.

No mês passado, a polícia pediu que qualquer pessoa que tivesse alegações contra Al Fayed entrasse em contato e disse que procuraria abrir processos após as acusações.

“Os detetives receberam inúmeras informações, predominantemente relacionadas às atividades de Mohamed Al Fayed, mas algumas relacionadas às ações de outras pessoas”, disse Stephen Clayman, chefe de crimes especializados da Polícia Metropolitana de Londres.

As novas alegações referem-se a 40 vítimas e abrangem crimes como agressão sexual e estupro, de 1979 a 2013, segundo a polícia.

Elas se somam às 21 acusações contra Al Fayed feitas antes do documentário. As vítimas foram apresentadas à polícia entre 2005 e 2023, mas nenhuma medida foi tomada contra ele.

Al Fayed sempre negou as acusações.

Embora a maior parte das novas informações diga respeito à propriedade da Harrods entre 1985 e 2010, a polícia está entrando em contato com outras organizações ligadas a ele para garantir que qualquer pessoa afetada seja identificada, disseram.

Em um primeiro momento, a Harrods não respondeu ao pedido da Reuters para comentar o anúncio da polícia nesta sexta-feira.

SIte da InfoMoney

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