Após a BRF (BRFS3), uma das maiores empresas de alimentos do Brasil, anunciar a aquisição de 26% da Addoha Poultry Company, localizada na Arábia Saudita, nesta quinta-feira (31), em um negócio avaliado em US$ 84,3 milhões, os analistas do Bradesco BBI consideraram que o valor da transação, embora seja considerado pequeno em relação ao porte da companhia, traz uma movimentação importante para o mercado.
Após a BRF (BRFS3), uma das maiores empresas de alimentos do Brasil, anunciar a aquisição de 26% da Addoha Poultry Company, localizada na Arábia Saudita, nesta quinta-feira (31), em um negócio avaliado em US$ 84,3 milhões, os analistas do Bradesco BBI consideraram que o valor da transação, embora seja considerado pequeno em relação ao porte da companhia, traz uma movimentação importante para o mercado.
Uma delas é que depois de um período de desalavancagem financeira, a BRF está pronta para voltar a crescer, diversificando suas operações e explorando novas oportunidades inorgânicas. “Dado que este é um pequeno acordo que se encaixa perfeitamente no balanço da BRF, parece razoável supor que, se novas oportunidades surgirem, a empresa também poderia estar disposta a aproveitá-las”, diz o relatório.
O BBI calcula que a Addoha, que opera inteiramente no mercado halal, possui uma capacidade de abate anual de 45 milhões de frangos e planeja aumentar essa capacidade para 65 milhões até 2025 e 120 milhões até 2030.
O investimento de US$ 57,6 milhões, segundo os analistas, deverá ser destinado ao fortalecimento do crescimento da empresa. A parceria empresarial (joint venture) foi criada em parceria com o Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita, que detém 30% da Addoha.
Para o BBI, um segundo ponto é que a aquisição também reforça a estratégia da BRF de expandir sua presença no Oriente Médio, onde atualmente detém cerca de 38% do mercado. Os analistas financeiros observam que a Arábia Saudita tem buscado reduzir sua dependência de importações de aves, e a construção de uma operação local se torna um passo importante para a competitividade da BRF.
Além disso, avaliam os analistas, um terceiro ponto é que a empresa já tem realizado investimentos em plantas de processamento na região, demonstrando seu comprometimento com o crescimento sustentável.
Apesar das expectativas positivas, ainda há incertezas sobre a normalização das margens da BRF, especialmente diante da volatilidade do ciclo de mercado. Por isso, a classificação dos analistas permanece como neutro, com um preço-alvo de R$ 22 para as ações da empresa. Conforme aponta os analistas consultados pela Lseg, de 10 casas que cobrem o ativo, 3 recomendam compra, 5 manutenção e 2 venda.
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