Assustado Edvaldo expõe articulação que era sigilosa

Surgimento do nome de Valadares Filho pegou o prefeito Edvaldo Nogueira de surpresa e o fez abandonar a articulação silenciosa que vinha construindo com o PT e convocar o ministro Márcio Macedo para uma conversa de pé de orelha. Na verdade, o governador já vinha sendo alertado que Nogueira aguardava apenas o momento exato para dar o bote e construir um projeto distante da reeleição de Mitidieri em 2026.

Semana passada, dois experientes políticos sergipanos, em um movimentado restaurante de Aracaju, comentavam que não seria novidade alguma, se após desarrumar toda a base governista, Edvaldo firmasse um entendimento branco com a esquerda, para em 2026, deixar Fábio falando só.

A conversa com Márcio Macedo, que foi também revelada pelo jornalista Diógenes Brayner (https://www.faxaju.com.br/politica/grupo-de-marcio-conversa-com-edvaldo-sobre-candidatura-a-prefeito-de-aracaju-e-pode-vir-surpresa/), pode até evoluir, mas dificilmente será solução para o momento que o PT enfrenta. E muito menos para viabilizar o pré-candidato do PDT, que aparentemente está enfrentando um isolamento na base governista. Vejamos:

Primeiro porque da mesma forma que abandonou o projeto do senador Rogério Carvalho para seguir Macedo, a militância petista dificilmente vai aceitar que Márcio jogue os petistas no colo de Nogueira. Isso ocorrendo, a maioria tende a apoiar qualquer outro projeto, menos o de Edvaldo. Ou seja, a militância também daria as costas para a traição de Macedo, que sempre foi um crítico contumaz do comportamento político de Edvaldo.

Segundo, porque a pré-candidatura da jornalista Candisse Carvalho, que vem a ser a esposa do senador Rogério Carvalho, certamente não será defenestrada por um sopro. Pelas recentes entrevistas concedidas por Rogério Carvalho, ele tem deixado claro que quem tiver com esse propósito, vai ter que enfrentá-lo em todas as instâncias.

Terceiro, porque após ter estimulado a pré-candidatura de Valadares Filho, Macedo não teria autorização do SOLIDARIEDADE para rifá-lo oferecendo o nome dele para vice de Luiz Roberto.

Em entrevista ruidosa concedida ao radialista Jailton Santana, o senador petista foi taxativo e afirmou que a pré-candidatura de Candisse é irreversível.

Nos bastidores corre a informação de que se Márcio não apoiar integralmente a candidatura de Candisse, Rogério poderá solicitar a expulsão dele da sigla, por se colocar contra uma indicação do PT dentro da Federação, sem que tenha havido a retirada do nome já aprovado pelo partido. Por se colocar contra uma pré-candidatura já homologada em todo processo regimental nas três esferas (municipal, estadual e nacional).