"...Edvaldo Nogueira vem fazendo manobras radicais, para que sua falência política não seja abreviada..."
No comando da PMA para conclusão do 4° mandato, o prefeito Edvaldo Nogueira sempre se mostrou soberbo e dono da situação. Tratando aliados políticos com a frieza da Antártida Oriental.
Ao longo do tempo Nogueira sempre conseguiu tudo que desejou, sabendo a hora exata de adoçar os lábios de quem precisa. Quando precisa.
Esse comportamento se tornou desgastante, e lentamente boa parcela da classe política começou a perceber a dupla face da zabumba. Ao longo do tempo, foi praticamente consolidada a prática da distribuição de alguns carguinhos, para que vereadores se comportassem como cordeiros. Ocorre que vereadores mais atentos e indispostos a alugarem os mandatos concedidos pelo povo por tão baixa retribuição, começaram a não ceder facilmente aos encantos do alcaide.
Alguns, ainda insistindo em não representar a população, passaram ao nível das negociações pontuais, um comportamento que costuma contaminar o "legislativo" nas diversas esferas. Do menor município do país ao Congresso Nacional, não é novidade alguma assistirmos os interesses da população serem relegados a terceiro, quarto ou quinto plano.
Hoje, o prefeito de Aracaju enfrenta uma oposição majoritária em número de vereadores, onde dos 24 vereadores existentes na Câmara Municipal, apenas três ou quatro, o apoiam declaradamente. No entanto, sempre que há uma dificuldade, o prefeito apela para os aliados influentes e para conversas reservadas, e logo o coração de alguns oposicionistas amolecem, e surge o discurso da necessidade de não prejudicar a governabilidade, e com essa música o prefeito consegue quase tudo que deseja no campo administrativo.
No campo político, o prefeito também está aparentemente fragilizado, por não contar com um time robusto de vereadores com mandato para impulsionar o pré-candidato do PDT, apontado por ele para ser o sucessor.
Mas mesmo não contando com o apoio declarado, Nogueira se utilizando da força da "máquina administrativa" que responde pelo nome de Prefeitura Municipal de Aracaju, sabe muito bem movimentar situações que o aproxima constantemente desses seres do coração fraco. E com isso, vai criando cenários que midiaticamente o mantém respirando, mesmo sabendo que os líderes partidários, que conduzem o projeto dessas criaturas, querem vê-lo dentro em breve com os aparelhos desligados, e a "morte política" declarada.
Consciente desse quadro, o prefeito parece que nem dormindo está, e tem se movimentado quase que 24 horas por dia, nos últimos dias, Edvaldo Nogueira vem fazendo manobras radicais, para que sua falência política não seja abreviada, como deseja grande parcela da classe política sergipana.
Ao conseguir arrancar de Fábio Mitidieri um compromisso pessoal de apoio ao nome indicado pelo PDT, Nogueira parece ter alimentado o sonho de que líderes da estirpe de Laércio Oliveira, André Moura, Thiago de Joaldo, Belivaldo Chagas, Heleno Silva, Zezinho Sobral entre outros, desfilassem todos no pleito de 2024, no bloco "LIDERADOS DE NOGUEIRA". Mas acabou descobrindo que estava diante de um agrupamento de líderes e não de liderados, e que a inabilidade para fazer política de forma coletiva, acabou criando um isolamento descomunal para a pré-candidatura de Luiz Roberto. O que tem levado o prefeito a se movimentar de forma desesperada, para que a pré-candidatura do PDT não seja inviabilizada de vez.
Nas tentativas frustradas, a mais perigosa foi a que tentou jogar para o governador, a responsabilidade de unir todo o agrupamento em torno do projeto Edvaldista. Ele não contava com a astúcia do risonho Mitidieri, que viaja pelo dia e faz festa pela noite, e com essa agitada agenda vai escapando dos planos de Nogueira. Que ultimamente tem sido bastante incisivo na cobrança do compromisso firmado pelo governador.
Essa semana Edvaldo chegou a procurar os Valadares (aliados do PT), para mostrar a Fábio que vingança é um prato que se come frio. Um secretário de estado, chegou a avaliar que ameaçar de forma indireta o governador, não é um bom caminho.
Prosseguindo na luta para salvar o nome de Luiz Roberto, Edvaldo tem batido em todas as portas de forma desesperada. Em apenas uma semana ele tentou cooptar para seu projeto, a delegada Danielle, o vereador Fabiano, Valadares Filho e por último Katarina Feitosa, esquecendo talvez que nenhum deles adotarão decisão sem o aval dos comandantes.
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