As forças rebeldes que tomaram grande parte de Aleppo declararam um toque de recolher de 24 horas que começará às 17h, no horário local, neste sábado (30).
As forças rebeldes que tomaram grande parte de Aleppo declararam um toque de recolher de 24 horas que começará às 17h, no horário local, neste sábado (30).
O Comando de Operações Militares dos rebeldes disse que a medida visa garantir "a segurança dos residentes da cidade e proteger a propriedade pública e privada contra adulterações ou danos".
Neste sábado, houve um confronto entre integrantes da aliança rebelde e combatentes curdos dentro da cidade, segundo vídeo analisado pela CNN.
Parte da coligação rebelde afirma que pretende agora lançar uma ofensiva contra grupos curdos que controlam partes da província nortenha de Aleppo.
O Ministério da Defesa da Síria afirmou neste sábado que dezenas de soldados foram mortos na ofensiva lançada pelos rebeldes em Aleppo.
Em comunicado, a pasta disse que "grupos terroristas armados afiliados à chamada Frente Nusra, apoiados por milhares de combatentes estrangeiros" lançaram um ataque em grande escala a partir de múltiplas frentes em Aleppo e Idlib.
O ministério destacou que "dezenas de nossos bravos soldados foram martirizados e outros ficaram feridos".
A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia.
O país mergulhou em um conflito em grande escala quando uma força rebelde foi formada, conhecida como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo.
Além disso, o Estado Islâmico, um grupo terrorista, também conseguiu se firmar no país e chegou a controlar 70% do território sírio.
Os combates aumentaram à medida que outros atores regionais e potências mundiais — da Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos à Rússia — se juntaram, intensificando a guerra no país para o que alguns observadores descreveram como uma “guerra por procuração”.
A Rússia se aliou ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.
Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte “adormecido”, com confrontos pequenos entre os rebeldes e o regime de Assad.
Mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, de acordo com a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região.
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