Na nova série da Netflix sobre Ayrton Senna, a atriz Susana Ribeiro assume um desafio e tanto: interpretar a mãe do piloto, Neyde Senna. Em entrevista ao Metrópoles, Susana revelou o processo de imersão e as dificuldades de dar vida a uma figura tão importante para a história do Brasil, sem perder a sensibilidade e o respeito pela memória de Neyde.
“A responsabilidade é grande de você interpretar personagens que estão vivos, que existem. No caso do Ayrton, que foi uma personalidade tão importante do nosso esporte, da nossa cultura e da nossa história brasileira, é uma responsabilidade ainda maior”, afirma.
Embora não tenha tido contato direto com Neyde Senna, Susana se dedicou a entender a essência da personagem através de pesquisas intensivas, conversas com familiares e análise de fotos e entrevistas. “Conversei com a filha dela, Viviane, e com a Bianca, filha de Viviane, sobrinha de Ayrton e neta de Zaza. Elas me falaram da mãe e da vó, respectivamente, e deu para perceber o carinho que elas tinham por ela. Ela era e é essa figura firme, doce e generosa, mas muito forte, próxima e cúmplice do filho, tanto que ele recorria muito a ela para ter os conselhos e sempre ouvia muito o que ela tinha para dizer”.
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3 imagensA atriz também refletiu sobre como reagiria a uma situação semelhante, se sua própria filha seguisse um caminho desafiador como o de Ayrton. “Eu a apoiaria integralmente. Nisso me identifico com a Zaza. Criei minha filha Julieta para ser independente, confiante e ter em mim sempre um apoio incondicional”, conta.
Susana ainda falou sobre a influência de Neide em Ayrton e a importância dessa relação: “Ela deixou o Brasil e foi para a Inglaterra para encontrar o filho e sempre o ajudava quando era necessário. Esse apoio incondicional foi fundamental para ambos”.
A atriz relatou que tem memórias da morte do piloto, porém, ficou tão abalada que “bloqueou isso da sua mente”. “Me lembro das reportagens, do funeral, da família, da dor dos fãs e a tristeza do meu irmão que era muito fã dele, e que também é piloto, só que de avião, e por coincidência, também tem apelido de Beco”, lembra.
Estreia no teatro
Susana também falou sobre sua peça Sonhei com Você, que estreia neste fim de semana. A peça conecta a mitologia de Eco e Narciso com uma história contemporânea no Rio de Janeiro. No Olimpo, Juno pune Eco, apaixonada por Narciso, em um conto de amor não correspondido. Na cidade, Simone, uma fisioterapeuta de classe média, e Daniel, um estudante de cinema rico, vivem realidades diferentes, separadas por distância, idade e preconceitos.
Em um encontro inesperado, os dois descobrem que têm mais em comum do que imaginavam. Entre conversas e revelações surpreendentes, a trama mistura humor, drama e crítica social, refletindo sobre conexões humanas e autoconhecimento.
“Tá sendo um sonho! Realizar essa peça em parceria com todos esses talentos, parceiros e amigos que estão comigo, é um luxo! Colocar para o público um texto meu, com a minha visão e atuar nele, é um privilégio. A hora é essa. Talvez antes não fizesse tanto sentido. A pandemia também me fez tirar o texto da gaveta e me inspirou a voltar para o contato com o público presencial”, conclui.
Metrópoles