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Militares ucranianos dizem que ataques russos reduziram após ofensiva em Kursk

Artilheiros ucranianos na região norte de Kharkiv relataram na segunda-feira (06) uma diminuição dos ataques russos em suas posições desde o início da nova ofensiva das forças de Kiev na região de Kursk, no oeste da Rússia.


Foto: CNN Brasil

Artilheiros ucranianos na região norte de Kharkiv relataram na segunda-feira (06) uma diminuição dos ataques russos em suas posições desde o início da nova ofensiva das forças de Kiev na região de Kursk, no oeste da Rússia.

“A situação mudou, há menos bombardeios, acho que é devido à operação Kursk. As Forças Armadas (da Ucrânia) lançaram a ofensiva e os ataques de artilharia e foguetes do inimigo, as ações de assalto diminuíram em comparação com o que era no mês passado”, disse o comandante da 13ª unidade de artilharia da Brigada Khartiia, que se apresentou com seu indicativo de chamada Gefest.

As forças de Kiev estavam enfrentando tropas russas em Kursk, onde a Ucrânia lançou uma nova ofensiva no domingo (05).

Os dois lados estão lutando para melhorar suas posições no campo de batalha antes que o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que prometeu dar um fim rápido à guerra de quase três anos, tome posse em 20 de janeiro.

A principal conquista da Ucrânia nos últimos cinco meses de luta foi a captura e manutenção de território dentro da região russa de Kursk, que pode ser uma moeda de troca em possíveis negociações de paz.

Entenda a Guerra entre Rússia e Ucrânia

A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e entrou no território por três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, país forte aliado do Kremlin.

Forças leais ao presidente Vladimir Putin conseguiram avanços significativos nos primeiros dias, mas os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, ainda que a cidade também tenha sido atacada.

A invasão foi criticada internacionalmente e o Kremlin foi alvo de sanções econômicas do Ocidente.

Em outubro de 2024, após milhares de mortos, a guerra na Ucrânia entrou no que analistas descrevem como o momento mais perigoso até agora.

As tensões se elevaram quando o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque em solo ucraniano. O projétil carregou ogivas convencionais, mas é capaz de levar material nuclear.

O lançamento aconteceu após a Ucrânia fazer uma ofensiva dentro do território russo usando armamentos fabricados por potências ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França.

A inteligência ocidental denuncia que a Rússia está usando tropas da Coreia do Norte no conflito na Ucrânia. Moscou e Pyongyang não negam, nem confirmam o relato.

O presidente Vladimir Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, disse que as forças russas estão avançando muito mais efetivamente – e que a Rússia alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, embora ele não tenha dado detalhes.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse acreditar que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass, abrangendo as regiões de Donetsk e Luhansk, e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, das quais controlam partes desde agosto.

CNN Brasil

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